A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia como muito positiva a regulamentação das duas medidas provisórias, publicadas nesta quinta-feira (21) pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, que permitem a renegociação de dívidas com os fundos constitucionais de financiamento do Norte (FNO), do Nordeste (FNE) e do Centro-Oeste (FCO), e com os fundos de investimentos regionais da Amazônia (Finam) e do Nordeste (Finor).
“Para a indústria brasileira, uma solução para o endividamento de empresas com os fundos é medida defendida há quase 30 anos e contribuirá para destravar o crescimento de regiões menos desenvolvidas do país. A CNI destaca que tal problema decorre, em grande parte, de situações econômicas inesperadas, ocorridas no período de estabilização da economia nas décadas de 1990 e 2000”, avalia o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
O setor produtivo entende que a edição das medidas é resultado de um diálogo construtivo com o governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional, na busca por uma solução definitiva para o problema do endividamento com os fundos constitucionais e de investimento.
A CNI considera, ainda, ser fundamental que esse diálogo permaneça, agora contando também com o papel do Congresso Nacional, para aprovação das medidas provisórias e a identificação de eventuais aperfeiçoamentos.
Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (FIERN) e da Associação Nordeste Forte, que reúne entidades do setor produtivo para promover ações de desenvolvimento socioeconômico da região, Amaro Sales destacou a importância das medidas.
“Esse é um momento em que precisamos colocar o setor da produção em evidência, tornar as empresas viáveis e produtivas. É o momento de o Brasil avançar”, afirmou.
Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC) e da Ação Pró-Amazônia, formada pelas federações das indústrias dos estados da Amazônia Legal, José Adriano afirma que a medida deve dar impulso à retomada da economia.
"Essa medida terá papel importante para a continuidade do desenvolvimento da região amazônica, especialmente em um momento em que as empresas brasileiras se encontram fragilizadas pelos efeitos da pandemia da Covid-19 na economia do país. Para a indústria da região Norte, é um avanço importante para fomentar o crescimento sustentado de nossa região”, diz.