A substituição de sacolas plásticas, usadas em embalagens, por sacolas biodegradáveis ou retornáveis foi tema de reunião da Curadoria em Defesa do Meio Ambiente de Campina Grande, na tarde deste dia 28, com representantes da indústria de panificação e com representantes do segmento supermercadista da cidade. No encontro, além de se avaliar demanda, custos, entre outros itens ficou acertado que, até o dia 13 de junho, o novo sistema de embalagens será implantado, a título de experiência, em pelo menos, uma panificadora de Campina Grande.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação – Sindipan - CG, José Edvaldo de Souza, a substituição de sacolas plásticas, usadas em embalagens, por sacolas biodegradáveis ou retornáveis é uma questão que está sendo discutida em boa hora e que, a mudança acontecerá sim, mas de maneira gradativa. “Sem dúvida essa é uma providência de extrema relevância em favor do meio ambiente e todos nós. Nas panificadoras a idéia, a princípio, é que vamos diminuir o uso das sacolas plásticas aos poucos, com o retorno dos sacos de papel para, em seguida adotarmos as sacolas biodegradáveis que é, verdadeiramente, a prática ecologicamente correta” destacou.
A Curadoria em Defesa do Meio Ambiente definiu como satisfatória a primeira reunião em torno da questão. “O encontro foi positivo por que, percebemos que a idéia, conta com a simpatia de todos os que estiveram presentes. Talvez o fato do serviço já existir em João Pessoa, venha reforçar a implantação aqui na cidade. Contudo, vamos buscar o apoio da Câmara de Vereadores e, principalmente, da população para termos uma Lei municipal, que nos dê maiores garantias”, revelou o titular da Curadoria de Defesa do Meio Ambiente de Campina Grande, promotor José Eulâmpio Duarte.
As sacolas de plástico viraram sinônimo de praticidade mas, o uso exagerado, tem causado grande impacto ambiental, uma vez que o plástico é feito com resina virgem, derivada de petróleo, cuja queima é uma das grandes responsáveis pelo aquecimento global. O produto leva em média 400 anos para se decompor, razão pela qual tem aumentando, de forma bastante considerável, o volume de lixo por ele formado.
A invenção da sacola plástica data de 1862 e foi uma revolução para o comércio por sua praticidade e por ser de baixo custo. Apesar de antiga, a invenção veio explodir no Brasil a partir da década de 80, atraída pela filosofia do "tudo descartável". Mas, agora, se sabe (e os europeus já há um bom tempo) que, a exemplo de várias outras coisas antes utilizadas sem nenhum peso na consciência, que as sacolas plásticas são um vilão para o meio ambiente.
Sacolas plásticas podem ser substituídas por biodegradáveis
Por Valter Barbosa - Campina Grande/PB - Publicado 28 de maio de 2008
A substituição de sacolas plásticas, usadas em embalagens, por sacolas biodegradáveis ou retornáveisOutras Notícias