
Os vencedores do prêmio Empreendedor Social 2025 foram anunciados nesta terça-feira (30) em cerimônia realizada na Sala São Paulo, na capital paulista. Patrocinado pelo Serviço Social da Indústria (SESI) e realizado pelo jornal Folha de S.Paulo e pela Fundação Schwab, o prêmio reconheceu soluções baseadas na natureza, na transição energética e que tornam cidades mais resilientes, com foco nos desafios da emergência climática e na COP 30, que será realizada em Belém do Pará em novembro.
Fundada por Mario Haberfeld, a ONG Onçafari, que aposta no ecoturismo para proteção da diversidade, venceu na categoria Inovadores Sociais do Ano. Já a Formigas-de-Embaúba, de Rafael Ribeiro e Sheila Ceccon, que espalha miniflorestas por espaços públicos, levou o troféu na categoria Soluções que Inspiram. E a jovem ativista indígena Natália Mapuá venceu na categoria Jovens Transformadores pelo Clima. O prêmio Empreendedor Social completa 21 anos em 2025.
A superintendente de Cultura do SESI, Claudia Ramalho, participou da cerimônia e destacou a importância do prêmio. “O SESI é parceiro do Empreendedor Social há muitos anos e acredita na força de iniciativas inovadoras para as mudanças que já enfrentamos e ainda enfrentaremos”, afirmou a gestora após entregar certificado à finalista do prêmio Vanda Witoto, que, por meio do seu instituto, preserva a identidade indígena no contexto urbano em Manaus.
Claudia Ramalho também lembrou que o tema norteador do SESI Lab, museu de ciência, arte e inovação, no biênio 2025-2026 é energia e transição energética. Os jovens que foram reconhecidos na categoria Transformadores pelo Clima serão convidados a conhecer o museu.
A próxima exposição temporária do SESI Lab, Clima: O Novo Anormal, abre em 10 de outubro e convida o público a repensar a relação com o planeta diante da emergência climática global. A proposta é provocar reflexão, conscientização e, principalmente, mobilizar ações concretas.
O Empreendedor Social tem patrocínio de Gerdau, Ambev, Coca-Cola, SESI, Instituto Liberta e Movimento Bem Maior, assim como apoio de Prefeitura de São Paulo, SP Negócios e Sala São Paulo. Conta com parceria estratégica de Ashoka, ESPM, Fundação Dom Cabral, Trevisan Escola de Negócios, Prosas, SBSA Advogados e UOL, além de 15 parceiros institucionais e seis de divulgação.

Conheça mais sobre os finalistas e vencedores do Empreendedor Social 2025
Inovadores Sociais
Onçafari: a ONG fundada por Mario Haberfeld cria corredores ecológicos para preservação ambiental, além de promover ecoturismo e pesquisas científicas no Pantanal.
GreenPlat: startup criada por Chicko Sousa atua em mais de 900 municípios do país, assim como com 4.500 empresas, levando eficiência e transparência para a gestão de resíduos.
100% Amazonia: indústria 4.0 criada pela economista Fernanda Stefani atua na transformação de espécies botânicas da floresta em bioingredientes, atuando com comunidades locais.
Soluções que Inspiram
Formigas-de-Embaúba: o consultor financeiro Rafael Ribeiro e a agrônoma Sheila Ceccon promovem o plantio de árvores em áreas públicas de SP, incluindo escolas, tornando a cidade mais resiliente às mudanças climáticas.
Instituto Witoto: a liderança Vanda Witoto trabalha para impedir o apagamento histórico de mais de 30 etnias que convivem em um bairro indígena na periferia de Manaus, incluindo a fundação de uma escola de saberes ancestrais.
Instituto Mandaver: liderado pela empreendedora Lisania Pereira, o instituto gera renda no bairro Vargel do Lago, em Maceió (AL), e ajuda na preservação do mangue local.
Jovens transformadores pelo clima
Natália Mapuá: a ativista indígena de 27 anos está à frente da Aliança de Juventude por Transição Energética Justa, no Pará, levando a discussão do clima a comunidades isoladas.
Eli Minev Benzecry: o estudante de 17 anos está à frente de projeto que busca popularizar o tubérculo ariá, unindo pesquisadores e chefs de cozinha.
Andressa Sousa e Wenner Silva: a dupla do Piauí criou sistema que usa água das máquinas de lavar para resfriar o telhado de casas, diminuindo a sensação de calor.
Thalya Souza: aos 20 anos, a coordenadora do Coletivo Mirí defende seu território no Pará por meio da arte e da educação ambiental.
