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Paraíba Indústria

Superando expectativas, mercado do aço ganha fôlego em 2021

Por Coordenação de Comunicação - Publicado 21 de outubro de 2021

Espera-se que até 2023 sejam geradas mais de mil novas vagas no setor no estado da Paraíba.


Foto: Anamul Rezwan / Pexels

Desde que a crise mundial na saúde teve início, ocasionada pela pandemia do novo coronavírus, as consequências excedem as suas barreiras e vêm afetando também a economia mundial, que tem passado por grandes problemas desde o ano de 2020. O Brasil, como país em desenvolvimento, tem enfrentado muitos desafios econômicos que aparecem em efeito dominó. Todos os setores industriais sofreram, mas muitos têm começado a mostrar sinais de recuperação, driblando a crise e realizando grandes feitos para a economia, como é o caso das indústrias siderúrgicas. 

Com o uso cada vez maior de tecnologias e de produtos baseados em metais, é difícil pensar em um mundo sem esses materiais, isso porque estão presentes na maioria das coisas que são consumidas no dia a dia. O aço, por exemplo, é matéria-prima de grande parte dos setores industriais por conta do seu custo-benefício para estas empresas. 

O Brasil, por ser um país com abundância de metais e minerais em seu território, possui um dos maiores parques industriais de aço da América do Sul. As usinas desse segmento estão presentes aqui desde as primeiras décadas do século XIX. Porém, mesmo com usinas de mineração criadas nessa época, o mercado do aço só foi solidificar os seus pilares com o início da industrialização, já em meados do século XX. Desde então, o produto tem sido muito utilizado por todos os setores industriais como insumos na produção dos mais diversos tipos de produtos e serviços. 

A indústria da construção civil, por exemplo, é um dos setores que mais utilizam o aço em suas demandas, já que esse material é mais acessível, além de possuir uma maior segurança e resistência. Nela, o produto é utilizado na maioria das atividades do setor, que representa um dos maiores mercados no país. Em 2020, foi o setor que apresentou maior crescimento na participação do consumo do aço, chegando a 8,8 milhões de toneladas, confirmando as perspectivas e destacando-se como grande consumidor de produtos siderúrgicos do país, segundo o Relatório do Mercado Brasileiro do Aço do Instituto Aço Brasil. Destaca-se ainda que o setor da construção civil aumentou sua participação no consumo de produtos planos para 24,3% em 2020, em relação aos 20,3% em 2019. 

Aço na Paraíba - Assim como no contexto nacional, na Paraíba a indústria do aço se mostra promissora economicamente falando. Isso porque o material é um dos produtos mais exportados pelo estado e o segmento está presente em quase todo o seu território, sendo João Pessoa, Campina Grande e Catolé do Rocha os principais polos do aço em número de indústrias e empregos gerados. Considerando esse cenário, a expectativa é de que até 2023 sejam geradas mais de mil novas vagas de empregos, de acordo com o Mapa do Trabalho do Portal da Indústria, dando cada vez mais oportunidades ao paraibano para ingressar no mercado de trabalho e gerar renda para suas famílias.

Em 2020 o Brasil se manteve como um dos 10 maiores produtores de aço bruto do mundo, com uma participação de 1,7% de toda a produção mundial. Já em comparação com os países da América Latina, figurou em 1º lugar, sendo responsável por 56,1% de toda a produção de aço da região. Superando essa marca, no primeiro semestre deste ano, houve uma produção de 18 milhões de toneladas, chegando a um crescimento de 24% em relação ao mesmo período de 2020, de acordo com dados do Instituto Aço Brasil. Em janeiro, o setor já havia obtido o maior crescimento desde 2019, chegando a 11% naquele mês. 

Agora, em 2021, o setor começa a ganhar fôlego após a crise estabelecida devido a pandemia. A expectativa é de que, até o final do ano, as exportações sejam o principal fator de impulso para a siderurgia no país, visto que no primeiro semestre de 2020, quando a crise na saúde dava seus primeiros passos, o setor tinha exportado cerca de 14,2 milhões de toneladas, uma queda de 18% em relação ao que foi produzido no mesmo período do ano anterior. 

Ainda assim, pelo seu amplo mercado consumidor, o segmento tem conseguido alcançar bons índices. A crescente demanda, devido a retomada das atividades de seus principais consumidores - as indústrias da construção civil, as fabricantes de máquinas e equipamentos e as indústrias automobilísticas - fez com que o setor elevasse suas previsões de desempenho. Até o fim do ano espera-se que o mercado do aço cresça ainda mais, aquecendo a economia e favorecendo a empregabilidade no país. 

Texto/Colaboração: Igor Batista 

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