Quando se trata de sustentabilidade, pouca gente sabe que boa parte da solução para os problemas climáticos do planeta pode ser, literalmente, plantada no quintal de casa. Observando esta possibilidade, conscientizar a população campinense neste sentido tem sido a missão de Arnaldo Bezerra e do professor Ivan Coelho, respectivamente gerente operacional e coordenador do projeto de Arborização Urbana, da UEPB.No mês em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, os organizadores do projeto que tem como lema “Adote uma Árvore” foram convidados pelo programa Qualidade de Vida a visitar o SENAI Stenio Lopes, em Campina Grande. Durante a visita, que aconteceu na última terça-feira, 07, foi ministrada uma palestra aos colaboradores da Escola sobre a importância de uma arborização urbana ecológica e esteticamente correta para obtenção do efeito paisagístico necessário à cidade de Campina Grande.
E em se tratando de arborização, o panorama não é dos mais otimistas. Segundo os pesquisadores da UEPB, Campina contabiliza hoje um déficit de 600 mil árvores. A recomendação da ONU é que haja duas árvores plantadas para cada habitante, mas a situação atual da cobertura verde da Rainha da Borborema indica que a quantidade plantada nesta proporção é de somente 0,08 árvores.
‘’O critério de arborização urbana é plantar as árvores certas nos lugares certos, aliadas aos elementos urbanos’’, disse o gerente operacional do “Arborização Urbana”, Arnaldo Bezerra de Menezes. A ideia do projeto é, por meio de divulgação nas escolas, palestras de orientação e distribuição de mudas, orientar o plantio correto de árvores na cidade, a fim de atingir objetivos de ornamentação, melhoria microclimática e diminuição da poluição. Em três anos de organização, os pesquisadores já distribuíram 30 mil mudas.
E, é claro, os alunos e funcionários do SENAI Stenio Lopes fizeram questão de participar dessa mobilização. Durante a tarde, mudas de Jambo, Oliveira, Pau Brasil, Neem Indiano e Ipê amarelo foram distribuídos na Escola. “Cuidar de uma árvore é uma forma de preservar o meio ambiente, e é nossa responsabilidade”, defendeu o aluno Nagton Luiz Marinho. 
Para o professor Francisco Costa, o programa é bastante viável e de muita importância. ‘’A arborização em nossa cidade é precária. Sendo assim, precisamos contribuir em favor do meio ambiente, em beneficio nosso e das próximas gerações”, disse.
A semente da preservação foi plantada no SENAI e, com a colaboração e contribuição dos paraibanos, será em todo o Estado. Os pesquisadores do projeto da UEPB pretendem estender a ideia para toda a Paraíba. Muito pode ser feito, se cada um fizer a sua parte.
Informações adicionais: () 3182-3700.
Colaboração/Texto: Evelinne Dourado e Raquel Macedo
Crédito/Fotos: Raquel Macedo