No ambiente empresarial, a inovação tem um papel primordial, representa aumento da produtividade, redução de custos e proporciona novos mercados, o que acaba sendo fundamental para o sucesso de qualquer negócio.
Um levantamento realizado em 2018, pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará – FIEC, com o objetivo de identificar o perfil inventivo dos Estados brasileiros, classificou a Paraíba em 2º lugar no ranking de Inovação do Nordeste e 12º lugar no ranking nacional, com destaque para a 8º posição no indicador de Qualidade da Pós-Graduação e 6º no indicador de Propriedade Intelectual na Indústria.
A Paraíba obteve ainda a 1ª colocação na região Nordeste, em categorias como a qualidade da pós-graduação, e a propriedade intelectual da indústria.
Apesar disso, o estado ocupa o 26º lugar do Brasil, atrás apenas do Acre, e a última posição do Nordeste, no que se refere à competitividade global em setores tecnológicos, ou seja, a competitividade dos produtos da indústria, tendo em vista critérios como a alta qualidade e o baixo custo.
Para alcançar tal colocação, o Estado conta com a contribuição de instituições públicas e privadas, de fomento a inovação, a exemplo, da Federação das Indústrias que por intermédio do SENAI e IEL estimulam a inovação no ambiente empresarial.
“É um excelente resultado, para quem está disputando a 4ª posicão no PIB regional e a 22ª no nacional, mas é preciso fazer a análise e identificar em que aspectos podemos melhorar. A competitividade empresarial ainda está aquém do necessário e parte do esforço para produzir avanços neste aspecto depende muito da área de Tecnologia da Informação, pela sua transversalidade com os demais APLs do Estado. O Projeto Procompi na Área de TI que a FIEP executa tem esse objetivo, melhorar a competitividade das empresas aderentes ao Projeto”, destacou o gestor de projetos do Procompi, Euler Sales.
“O SENAI da Paraíba tem dado uma importante contribuição para incentivar o avanço da Indústria, e as ações de inovação estão presentes seja na Educação Profissional, quando desde as primeiras etapas da vida escolar do nosso alunado realizamos o GP SENAI de Inovação, que tem como objetivo despertar no estudante, as novas tecnologias, através de uma metodologia ativa, para que ele possa entender que ele é coparticipante do desenvolvimento industrial. Além disso, temos ainda o nosso desafio SENAI de Projetos Integradores, que é continuidade do GP, mas já ai o aluno desenvolve algum produto, faz a prototipagem de algum produto inovador que também visa contribuir para o desenvolvimento industrial buscando conquistar novos mercados. Outra iniciativa que temos nessa linha é o Inova SENAI, e o Edital de Inovação para a Indústria, onde damos todo suporte para as Indústrias elaborarem projetos de Inovação. Atualmente temos 06 projetos em desenvolvimento, e vale lembrar que em 2018, foram disponibilizados pelo Edital mais de R$ 50 milhões para projetos relacionados a Inovação”, explicou Janildo Sales, gerente Executivo de Educação Profissional e Tecnologia do SENAI PB.
Na região Nordeste, a frente da Paraíba no ranking da Inovação estão os Estados de Pernambuco e Sergipe. Pernambuco por exemplo, é o 8º colocado no ranking nacional, sendo também o 9º colocado no Índice de Capacidades e 8º colocado no Índice de Resultados. O estado é também o 2º colocado na Competitividade Global em Setores Tecnológicos. Por outro lado, embora Sergipe se destaque positivamente pelo Índice de Resultados (10º), o estado é apenas o 17º no Índice de Capacidades. Rio Grande do Norte é o 12º no Índice de Capacidades e 14º no Índice de Resultados, destacando-se a 5º posição na Inserção de Mestres e Doutores na Indústria. Bahia, por outro lado, apresenta uma maior variabilidade entre seus indicadores. O Ceará é o 16º estado mais inovador do Brasil e o 5º da região.
O Índice FIEC de Inovação dos Estados é dividido em duas áreas, Capacidades e Resultados, as quais avaliam tanto o ecossistema de inovação quanto a inovação em si. O conjunto de indicadores que formam o Índice representam os aspectos e as capacidades essenciais para o desenvolvimento dos estados brasileiros, de modo que esses, quando postos em conjunto, constroem a base para o crescimento da competitividade e produtividade estadual.
No que tange às capacidades, o Índice de Capacidades mede quatro aspectos: Capital Humano, Infraestrutura de Telecomunicações, Investimento Público em Ciência e Tecnologia e a Inserção de Mestres e Doutores na Indústria. Por outro lado, o Índice de Resultados é formado por quatro indicadores, a saber: Propriedade Intelectual, Produção Científica, Competitividade Global em Setores Tecnológicos e Intensidade Tecnológica da Estrutura Produtiva.
A pesquisa Completa pode ser acessada o link https://arquivos.sfiec.org.br/sfiec/files/files/Indice%20FIEC%20de%20Inovacao%20dos%20Estados.pdf