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Colchões terão certificação do Inmetro e SENAI é alternativa

Por Valter Barbosa com Ascom/Americanflex - Publicado 05 de abril de 2011

Após consulta pública, instituto define regras que deverão ser cumpridas por fabricantes para comerc

Após consulta pública, instituto define regras que deverão ser cumpridas por fabricantes para comercializar produtos no Brasil e, a partir de 2013, todos os colchões de espuma produzidos no país serão inspecionados e chegarão ao consumidor com selo do Inmetro. 

As regras foram definidas pelo Instituto de Metrologia em conjunto com fabricantes, fornecedores de matérias-primas e organismos de certificação. Atualmente a maioria dos colchões brasileiros não recebe nenhum tipo de inspeção, apenas os que têm o Selo do Pró-Espuma Qualidade/INER. 

Testes realizados em 2008 pelo Inmetro revelaram que 67% dos colchões brasileiros apresentam inconformidades, ou seja, nem sempre são o que aparentam ser. O índice chamou a atenção do órgão que decidiu tornar obrigatória a certificação dos produtos. Dessa forma, todos os Colchões de Espuma Flexível de Poliuretano produzidos no país ou importados deverão ter o selo do Inmetro para serem comercializados. A espuma e o tecido têm que atender as normas da ABNT 13579-1 e NBR 13579-2. 

Para receber a certificação, as indústrias de colchões deverão cumprir normas que determinam, por exemplo, dimensões (comprimento, largura e espessura), resistência da matéria-prima em relação à possibilidade de ruptura, alongamento e rasgo, revestimento, deformação perante a compressão, resiliência, vida útil, fadiga entre outros requisitos. 

A Portaria 79/11, que traz as normas para fabricação dos colchões de espuma, está em vigor desde fevereiro, quando foi publicada no Diário Oficial da União. Os fabricantes têm agora 30 meses para se adequar as novas regras e receber o selo. As empresas que não cumprirem a Portaria não poderão comercializar colchões em território nacional. 

De acordo com integrante do conselho técnico criado para elaborar a resolução e gerente industrial da indústria de colchões Americanflex, Sérgio Fichera, a certificação do Inmetro será muito importante não só para as indústrias, mas principalmente para todos os consumidores. 

“Hoje, existem no Brasil excelentes organismos de certificações para colchões, como o Selo Pró-Espuma Qualidade, mas que inspecionam apenas as empresas associadas a eles. Dessa forma, muitos produtos são vendidos fora dos padrões. Sem fiscalização, fábricas mal intencionadas podem vender, por exemplo, espumas com densidade 23 como se fossem 33. Com isso, quem sai perdendo são os consumidores”, afirma Fichera.
Ainda em 2011, o Inmetro deve concluir também as regras para a certificação dos colchões de mola que igualmente deverão receber o selo de qualidade.

Creditação na Paraíba – Dando os primeiros passos rumo à certificação, representantes dos fabricantes de colchões da Paraíba já procuram o SENAI, em Campina Grande, para que o Laboratório de Ensaio Físico Mecânico do CTCC, seja uma alternativa, no sentido de prestar serviços de creditação do INMETRO, também para este segmento. 

“A fim de atendermos as novas normas de fabricação de colchões agora determinadas por lei, estamos buscando um laboratório externo que possa avaliar itens como densidade, resistência, deformação, entre outros, e o SENAI, sem dúvida, seria o parceiro certo para este serviço. Esperamos que, de fato, isso seja possível”, disse o gerente Administrativo da Unidade Americanflex, em Campina Grande, Djalma Aparecido Rossini. 

Para o gerente do CTCC, Josué Casimiro, a proposta é positiva e será levada a diretoria do SENAI/PB para análise. “O laboratório do SENAI já é creditado pelo INMETRO para prestar este serviço ao segmento de calçados, mas estamos levando a proposta a diretoria regional para que, após análise venhamos atender esta demanda dos fabricantes de colchões. E, esperamos que, em breve, tenhamos um desfecho positivo, essa é nossa expectativa”, finaliza.

Crédito/Imagem: Google.com

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