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Paraíba

FIEPB promove conversa com Flávio Capitulino para alunos do SESI e SENAI

Por Coordenação de Comunicação - Publicado 05 de setembro de 2024


Na manhã da última segunda-feira (02), a Federação das Indústrias do Estado da Paraíba promoveu um diálogo para os alunos do SENAI da Paraíba e da Escola SESI Prata, em Campina Grande, ministrado pelo restaurador de obras de arte paraibano, Flávio Capitulino.

O restaurador foi apresentado por Daniela Almeida, diretora regional do SENAI Paraíba, e por Silvia Pereira, superintendente do SESI da Paraíba, que agradeceram a presença de Capitulino. O encontro foi direcionado aos alunos dos cursos técnicos de Administração, Assistente Administrativo, Informática, Eletromecânica e Mecânica de Refrigeração, além dos alunos do 1º ano do ensino médio da Escola SESI Prata. Para eles, o restaurador iniciou com um recado: “Todos os dias batem oportunidades em nossa porta, mas, se a vida não der, criem suas próprias oportunidades”, aconselhou.

Em sua carreira, Flávio restaurou obras de artistas como Vincent Van Gogh e Leonardo da Vinci, e atualmente é o único brasileiro que trabalha com as obras da coleção da família de Pablo Picasso. Durante o diálogo com os jovens, ele relembrou seus 17 anos, quando, sem saber falar francês, com uma passagem de ida e 80 dólares no bolso – quantia que descobriu ser suficiente apenas para um mês de passagens de metrô –, deixou o Brasil e cruzou o Oceano Atlântico rumo a Paris.

Aos jovens, Capitulino contou que, ao chegar à capital francesa, passou uma semana com um casal francês antes de se instalar na Maison du Brésil – residência de estudantes brasileiros na Cidade Universitária. Durante esse período, ele conciliava o trabalho como babá de segunda a sexta-feira com faxinas nos fins de semana. A sorte de Flávio mudou quando ele restaurou uma mesa de centro em uma das casas da elite francesa onde trabalhava. O resultado impecável de seu trabalho rendeu-lhe um jantar com a presença de uma funcionária do Museu do Louvre, que o recomendou para um ateliê francês.

Sem experiência prévia, Flávio lembra que recebeu um prazo de uma semana para se adaptar e aprender a restaurar peças. Em três meses, Capitulino se tornou chefe do ateliê; em seis meses, estava restaurando para museus parisienses; e, em dois anos, abriu seu próprio ateliê. Ao compartilhar um pouco de sua história com os jovens, Flávio busca despertar neles a perseverança. “É importante conscientizar que a história é parte deles. Um homem sem história é um homem sem futuro, então temos que acreditar em nós mesmos, nos nossos sonhos”, explicou o restaurador.

Sandro de Lima, aluno do SENAI da turma de Eletromecânica, se reconheceu na trajetória de Flávio: “A história de vida de Flávio é de superação. Eu vejo como um espelho da minha história, que tem dificuldades desde o início, mas ouvi-lo me deu um conforto, de que não posso desistir, de que um dia as recompensas virão”.

Mônica Moreira, supervisora de educação do SENAI da Paraíba, afirma que trazer Capitulino para dialogar com os alunos é uma forma de expandir os horizontes dos jovens. “A principal importância é o incentivo. Nossos alunos, do SENAI principalmente, têm o perfil de estarem na empresa ao mesmo tempo em que estudam com uma carga horária mais pesada. Então, quando trazemos um case de sucesso e de superação, isso os incentiva a continuarem estudando e se dedicando”, destacou.



Texto/Colaboração | Laura Almeida

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