O número de pessoas com transtorno do espectro autista cresce a cada ano. De acordo o relatório divulgado, em 2019, pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado ao governo dos Estados Unidos, a cada 110 pessoas nascidas nos EUA, 1 tem o espectro autista. No Brasil, não existem dados oficiais, mas a estimativa é de que existem cerca de 2 milhões de autistas em todo o país.
Em 2 de abril, é celebrado o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, e observa-se que a luta atual, não é apenas por igualdade de condições, mas para garantir o acesso e permanência desses alunos autistas nos ambientes de sala de aula. Junto a isso, se faz necessário promover a inclusão, e isso envolve profissionais capacitados para atender e ensinar conteúdos adaptados a cada realidade em sala de aula, além de desenvolver atividades adequadas ao perfil de cada estudante.
Na Paraíba, o SENAI por meio do Programa SENAI de Ações Inclusivas está preparado para receber a todos. Nos cursos ofertados, o aluno diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista - TEA encontra material didático adequado e docentes capacitados para as diversas situações de aprendizagem.
Kryshna Oliveira de Monte Carmo, de 26 anos, tem a Síndrome de Asperger, um tipo mais leve do autismo. Há 6 meses a jovem procurou o SENAI, e se matriculou no curso Técnico de Manutenção e Suporte, na área de Informática. “Sou aluna do SENAI da Prata, em Campina Grande, e tenho aprendido bastante com a equipe de instrutores da instituição, que além de uma excelente acolhida, me dá todo suporte em sala de aula. Esse é o segundo curso que faço no SENAI, pois já conclui um na área de Mantenedor e Reparador de Dispositivos Móveis, no ano passado, e desejo continuar me qualificando na instituição, que tem um ensino diferenciado e de qualidade”, enfatizou.
Atualmente, Kryshna além de aluna do SENAI é colaboradora do SESI/PB, onde desempenha a função de Auxiliar Administrativo Operacional, no setor de Educação da instituição.
“Toda dia ela traz algo novo e tecnológico, é muito comprometida e interage muito bem com toda a equipe, sem contar o superfoco dela, que tem repercutido com eficiência no trabalho desenvolvido e o interessante é que isso tem contagiado a todos, fazendo com que elevemos a produtividade de todo o nosso setor. Ela chegou no momento certo, a Educação Básica do SESI tem uma abordagem STEAM, nosso foco é em educação tecnológica, robótica e ela domina essa área! Posso resumir que, Krishna é a junção do ser profissional e ser humano, ela é o perfil que as empresas estão procurando”, enfatizou Alexsandra Souza, gerente de Educação Básica do SESI PB.
A Lei 12.764, sancionada em dezembro de 2012, também conhecida pela Lei Berenice Piana, institui que é direito da pessoa com autismo o acesso à educação e ao ensino profissionalizante. A Interlocutora do Programa na Paraíba, Lucenir Maciel, relatou como é desenvolvido o trabalho nas Unidades da Instituição. “No SENAI ao invés de focarmos nas dificuldades dos alunos com Transtorno do Espectro Autista, buscamos trabalhar as potencialidades de cada um e se preciso, adequar o conteúdo didático e flexibilizar o currículo. Cada um tem seu ritmo de aprendizagem e respeitamos isso”, frisou.
“O Programa do SENAI de Ações Inclusivas, sempre voltado para essas questões inclusivas, busca muito mais que a mera inclusão em sala de aula, é preciso que os alunos estejam aprendendo. Para isso, nós temos uma equipe pedagógica, instrutores e um interlocutor do Programa em cada Unidade Operacional atentos às diferentes necessidades do nosso alunado. Além da inclusão, nós praticamos o respeito ao diferente e um ambiente propício ao aprendizado”. explicou o gerente de Educação do SENAI, Janildo Sales Figueredo.
Outras informações sobre o Programa SENAI de Ações Inclusivas, podem ser obtidas através dos e-mails: [email protected] e/ou [email protected]