Na última semana, foi realizado no Centro de Inovação e Tecnologia Industrial do SENAI - CITI, em Campina Grande, o Grand Prix Master Class, ação semelhante ao Grand Prix SENAI de Inovação, realizado com os alunos durante a etapa escolar. Na ocasião, cerca de 24 docentes do centro, que atuam em unidades móveis do SENAI em cidades da região, participaram da ação.
A ideia foi fazer com que os docentes do CITI pudessem compreender como funciona a dinâmica, na prática, quais ferramentas são utilizadas e a estrutura necessária. Com isso, capacitando-os para aplicarem essa prática pedagógica em sala de aula. Os participantes da dinâmica foram divididos em cinco escuderias, onde foram desafiados a desenvolverem projetos inovadores a partir de demandas reais das indústrias, escolhidas dentro da plataforma da Saga SENAI de Inovação.
“Quando pensamos em aplicar a prática de um Grand Prix para nossos professores, foi com o objetivo de empoderá-los desse conhecimento para que eles tivessem a coragem que outros instrutores já tiveram e conseguissem também os resultados que os outros já tiveram. O resultado é para o aluno, mas é importante que eles entendam que fazem parte da construção desse resultado”, Gustavo Andrade, gestor do Centro de Inovação e Tecnologia Industrial e Centro de Ações Móveis do SENAI - CITI/CAM.
A equipe vencedora foi a escuderia azul, composta pelos instrutores Agripino Filho, Aislan Pedro, Ezequiel Rodrigues, Euridete Nunes,Julieta Cristina e Wenderson Paz. Eles desenvolveram um projeto, cuja área de atuação era a Segurança do Trabalho, e visava atender o campo atacadista de supermercados, sobretudo o setor de estoque, que costuma utilizar empilhadeiras nos corredores. A ideia do grupo, chamada Barreira Inteligente de Segurança - BIS, se tratava de um equipamento composto de uma barreira articulada de fácil instalação e aplicação, fixada nas colunas dos expositores de cada prateleira, integrada com sensores de presença. A ideia é que, caso haja invasão da área, sejam acionados sinais luminosos e sonoros.
A equipe vermelha, com os instrutores Adilson Domingos, Fablícia Lima e Lailane Melo, ficou em segundo lugar. Eles criaram uma solução para problemas ergonômicos da Indústria de Confecção que ocasionam altos números de afastamentos e atestados médicos. O projeto desenvolvido pela escuderia é uma bancada de mesa de costura ajustável, que se autorregula ergonomicamente através de sensores motores.
Para a instrutora de vestuário do Centro de Ações Móveis, Lailane Melo, o Grand Prix Master Class foi uma experiência essencial para o entendimento sobre a prática pedagógica do SENAI. “Participar desta ação foi uma experiência bastante satisfatória para mim como instrutora. Tive a oportunidade de entender o tamanho da importância e da dinâmica que é o Grand Prix, desde a didática de sala de aula até o evento de fato. Foi um aprendizado claro, dinâmico e criativo. Além da oportunidade de interagir com áreas diferentes da que atuo, tirar dúvidas sobre o que é possível e o que não é com outras áreas, em prol de construir uma solução para a problemática abordada. Foi um momento riquíssimo como aprendizagem pedagógica. Enfim, que venham mais momentos como este.”
Em terceiro lugar, a escuderia preta, composta por Guilherme Lucas, Othon Demy, Tarcísio Oliveira, Cosme Oliveira, Rossana Pontes e Anderson Porto, desenvolveu um projeto para uma demanda solicitada pelo SENAI de Alagoas. A ideia da equipe seria uma bancada didática multidisciplinar, com o objetivo de melhorar as práticas envolvendo os conhecimentos adquiridos nas unidades curriculares nas unidades curriculares de instalações, manutenção e projetos industriais. Atualmente, o mercado oferece bancada de ensino, onde o aluno desenvolve práticas utilizando módulos que se conectam através de plugins, mas não trazem a possibilidade de trabalho com projetos que englobam outros dispositivos industriais. O produto desenvolvido pela equipe, com o nome VR Box, foi criado como um dispositivo virtual que tinha como objetivo de projetar em imagens 3D todo o processo e equipamentos do dia a dia da indústria, com o intuito de realizar testes e manutenções de diferentes protótipos que envolvem o setor.
A Saga SENAI de Inovação, iniciativa onde as demandas da indústria foram selecionadas, busca promover ações empreendedoras e inovadoras que colaborem no engajamento e preparação dos indivíduos para os desafios da sociedade, estimulando a criatividade e o senso de empreendedorismo. A interlocutora regional da Saga SENAI de Inovação, Tayze Araújo, explica que "esta é uma oportunidade para a aplicação da Metodologia SENAI de Educação Profissional em sala de aula”.
Para Tayze, os docentes, que são agentes diretos desse processo de ensino-aprendizagem, também precisam entender o funcionamento da Saga. “Os docentes são primordiais nesse processo, e proporcionar essa vivência prática através do Grand Prix Master Class para eles é uma forma eficaz de auxiliá-los numa maior compreensão do que é a Saga SENAI de Inovação, como ela acontece e como pode ser aplicada em sala para gerar melhores resultados. É a partir deles que se faz possível o desenvolvimento de ótimos projetos e é claro, a formação de alunos com capacidades e habilidades diferenciadas que irão destacá-los diante dos demais no mercado, quer seja como profissionais na indústria ou como empreendedores. E esse é o nosso maior propósito! Este foi o primeiro Grand Prix Master Class do nosso estado e a ideia é que seja replicado nas demais escolas do estado da Paraíba para que todos os nossos docentes tenham esta rica oportunidade”, explicou.
O SENAI da Paraíba segue engajado na promoção de uma melhor aprendizagem de seus alunos, e com a expertise que adquiriu nos últimos anos, tem trabalhado cada vez mais a inovação e a criatividade em sala de aula, sobretudo para estimular o empreendedorismo. Essa ação com os docentes é mais uma das iniciativas que buscam engajá-los no processo de ensino-aprendizagem cada vez mais eficiente.
Texto/Colaboração: Igor Batista