O Rio Grande do Sul passa por uma das maiores tragédias humanitárias e ambientais do país, com chuvas que afetaram quase 90% do território gaúcho, de acordo com o levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS). Com mais de 530 mil pessoas desalojadas, o Serviço Social da Indústria (SESI) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) unem esforços para criar uma rede de voluntariado para assistências das vítimas.
Como ser um voluntário na tragédia do Rio Grande do Sul?
O SESI-RS também continua cadastrando voluntários para atuar nas unidades onde estão os abrigos. Há necessidade de pessoas que possam dar apoio em diversas frentes, bem como de profissionais da saúde.
Na ficha, é possível informar a possibilidade de data, horário e local mais adequado a cada pessoa disponível para a ação voluntária. Interessados podem preencher formulário do SESI-RS.
Outras cidades do estado têm atendimentos e disponibilização de estrutura física do SESI-RS. As doações podem ser via Defesa Civil do RS ou Banco de Alimentos da FIERGS. Para doações de outros estados, entre em contato com o governo local e os pontos de arrecadação.
Número de abrigados pelo SESI-RS nas cidades:
Padrão dos abrigos do SESI-RS:
- Dormitório: com colchões, roupas de cama, roupas e produtos de higiene;
- Serviços médicos: atendimentos médicos, atendimento com psicólogo e assistente social. Em algumas unidades há atendimento odontológico para os abrigados;
- Refeições: café da manhã, almoço, lanche da tarde e janta;
- Espaço kids: com supervisão de profissional da educação; e
- Espaço pets.
SESI atua no apoio dos desabrigados em 11 cidades gaúchas!
De acordo com dados da FIERGS e do governo do Rio Grande do Sul, até o momento, são mais de 10,2 milhões de gaúchos prejudicados pelas chuvas. Com quase 450 municípios atingidos e um impacto econômico de mais de R$ 100 bilhões, só na região metropolitana do estado.
Por isso, o trabalho de ajuda a desabrigados oferecido pela indústria do RS continua atuante. Por meio do SESI-RS, são oferecidos acolhimentos em pelo menos 11 cidades gaúchas de diferentes regiões:
- Canoas;
- São Leopoldo;
- Novo Hamburgo;
- Campo Bom;
- Guaíba;
- Montenegro;
- Caxias do Sul;
- Estrela;
- Cachoeirinha;
- Porto Alegre; e
- Pelotas.
As ações são constantes desde o início da tragédia climática, sem previsão de encerramento.
SESI-RS oferece itens de cuidado pessoal
Nos municípios atendidos, o SESI-RS abre seus espaços para servir de abrigo. Além de acolher as vítimas das enchentes, os locais oferecem alimentação, estadia, roupas, higiene, espaço para crianças, área para animais, atividades de saúde e atendimento psicológico.
Os atendimentos são realizados em parceria com diversas empresas e entidades, repassando comida, kits de higiene, colchões, travesseiros, roupa de cama e vestimentas, entre outros itens.
Onde estão localizados os abrigos do SESI-RS?
Além do canal de ajuda financeira às vítimas, a FIERGS abriu unidades do Serviço Social da Indústria no Rio Grande do Sul (SESI-RS) para o acolhimento de parte dos desabrigados e recebimento de doações. A instituição alerta para a necessidade de voluntários para auxiliar no atendimento nas unidades. Veja:
SESI Bento Gonçalves: Unidade recebe crianças do contraturno, para atender famílias que não tem com quem deixar os filhos. Doações pelo contato (54) 99128-8985.
SESI Canoas: Unidade recebe desabrigados na Rua Aurora 1.220, Marechal Rondon. O espaço também está recebendo e cuidando de animais resgatados, como cães, gatos e pássaros. Há a necessidade de calçados, roupas, colchões, roupa de cama e itens alimentícios. Contato (55) 99151-8485.
SESI Campo Bom: Unidade recebe desabrigados na Rua Presidente Vargas, 937 - Centro.
SESI Cachoeirinha: Unidade recebe desabrigados na Rua Vereador José Stuart da Silva, 1015, Vila da Paz.
SESI Caxias do Sul: Unidade do SESI recebe desabrigados na Rua Pinheiro Machado, 3251 - São Pelegrino. Doações através dos contatos (54) 99383-0942 e (54) 98134-5893.
SESI Estrela: Hospital de campanha, operado pelo Exército Brasileiro faz atendimentos médicos de média complexidade, além de ambulatorial e emergencial. O local também funciona como heliponto e recebe profissionais da saúde, equipamentos e medicamentos.
Erechim: Unidade recebe doações na Rua 24 de Outubro, 180, Espírito Santo.
SESI Farroupilha: Unidade recebe crianças do contraturno, para atender famílias que não tem com quem deixar os filhos. Doações pelo (54) 99128-8985.
SESI Gravataí: Ginásio da Avenida Senador Nei Brito, 656, recebe desabrigados. Há necessidade da ajuda de profissionais da saúde que possam colaborar. Doações através do contato (51) 99342-4494.
SESI Guaíba: Unidade recebe doações de água, colchões, travesseiros, roupa de cama e kits de higiene. Contato Defesa Civil (51) 98952-6257.
Montenegro: Unidade do SESI recebe desabrigados na Rua Campos Neto, 455, e doações no Colégio Estadual A.J. Renner, Rua Simões Lopes Neto.
SESI Novo Hamburgo: Recebe pessoas desabrigadas e doações. Há necessidade de doações de banheiro químico. Contato (51) 99124-2945 - R. Guia Lopes, 3146 - Rondônia, Novo Hamburgo.
Passo Fundo: Unidade recebe doações na Rua Coronel Camisão, 283, Centro.
SESI São Leopoldo: Unidade recebe desabrigados e doações. Há necessidade de alimentos, roupas e materiais de higiene pessoal. Contato (51) 98938-5524.
Santa Cruz do Sul: Unidade recebe doações. Contato Defesa Civil (51) 3717-3473.
Conheça as ações do SENAI e do SESI para ajudar as vítimas!
O SENAI-RS, por meio de suas unidades espalhadas pelo estado, recupera itens pessoais e ajuda com a reconstrução de bens. Para isso, as unidades realizam o conserto de eletrônicos e eletrodomésticos e ajudam na fabricação e recuperação de móveis. Além de apoiar a organização e limpeza de residências agora que as águas começam a baixar.
Entre as iniciativas, em parceria com o Sindicato das Indústrias do Vestuário do Rio Grande do Sul (Sivergs), o SENAI-RS repara máquinas de costura de micros e pequenas empresas, que foram atingidas pelas enchentes, em Canoas.
Já a equipe do SENAI de Novo Hamburgo, por exemplo, está confeccionando calçados, enquanto o SENAI-RS de Caxias do Sul costura roupas e edredons e o SENAI-RS de Bento Gonçalves faz travesseiros e rodos. As unidades estão envolvidas ainda com a limpeza e doações de itens solicitados, além de doação de sangue aos hemocentros das cidades.
O SENAI-RS também colocou seus profissionais para trabalharem junto às unidades do SESI-RS no acolhimento dos desabrigados. Aos poucos, algumas das unidades do SENAI-RS, em regiões menos atingidas, começam gradativamente a retornar às aulas presenciais.
Confira as unidades SENAI-RS que retornam as atividades:
Enquanto segue no trabalho de apoio aos desabrigados, o SENAI-RS começa gradativamente a retomar as atividades presencial em unidades do interior do estado. Nesta quinta-feira (16), o retorno programado é da unidade de Bom Princípio e Feliz, juntando-se às demais já em atividades:
Agudo, Antônio Prado, Bagé, Bento Gonçalves, Bom Princípio (Madesa), Carazinho, Caxias do Sul, Charqueadas, Erechim, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Guaporé, Horizontina, Ibirubá, Lagoa Vermelha, Marau, Não-Me-Toque, Nova Hartz, Nova Petrópolis, Nova Prata, Osório, Panambi, Parobé, Passo Fundo, Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, São Marcos, Sapiranga, Sarandi, Serafina Corrêa, Tapejara, Teutônia, Trindade do Sul, Tupandi, Vacaria, Venâncio Aires e Veranópolis. Os estudantes que enfrentam algum tipo de dificuldade para retornarem às atividades podem buscar apoio da coordenação pedagógica nas escolas.
Para mais informações, entre em contato pelas Redes Sociais do SENAI-RS ou pelo WhatsApp (51) 991448356.
Como se informar sobre as enchentes? O SENAI-RS também lançou a plataforma SouRS.org.br, com informações sobre as enchentes enfrentadas por Porto Alegre e região metropolitana. No site, você encontra detalhes sobre abrigos (endereço, disponibilidade, se aceita animais), necessidades (o que está sendo organizado e em que locais podem ser entregues), cadastro de desaparecidos e abrigados.
Como ajudar o Rio Grande do Sul?
O estado do Rio Grande do Sul enfrenta a pior enchente da sua história, que deixou centenas de pessoas desabrigadas e uma situação de calamidade pública. Como uma forma de apoiar as vítimas, a indústria brasileira está mobilizada para arrecadar recursos financeiros e donativos. Para saber como ajudar, acesse os canais da CNI.