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Melhorar saúde suplementar depende de qualidade de dados, destaca gerente-executivo do SESI

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 24 de maio de 2019

Ele destacou que a digitalização pode apoiar esse processo.

A qualidade dos dados e a confiança entre os diversos agentes da cadeia de saúde suplementar – contratantes, operadoras de saúde e rede de assistência à saúde – são os principais pilares para promover melhorias nesse sistema. A afirmação foi feita por Emmanuel Lacerda, gerente-executivo de Saúde e Segurança na Indústria do Serviço Social da Indústria (SESI), durante o Fórum Saúde Digital e Sustentabilidade, promovido pelo Instituto Coalizão Saúde (Icos) nesta quinta-feira (23), em São Paulo.

Segundo Lacerda, a rede de assistência à saúde pode produzir e fornecer dados para se melhorar a gestão do sistema e melhorar os serviços sem necessariamente elevar custos. “Além disso, é preciso dar mais transparência para aumentar a confiança entre as partes interessadas, mantendo o respeito ao paciente e a confidencialidade das informações dos indivíduos”, complementou.

Ele destacou que a digitalização pode apoiar esse processo e a ajudar na criação de novos modelos. Inclusive, Lacerda contou que há empresas fazendo contratos diretos com o sistema de saúde assistencial. “Há ainda um foco maior na prevenção de doenças e na construção de protocolos de atendimentos, conhecidos como ‘Jornada do Paciente’”, relatou. 

Lacerda ressaltou ainda que é fundamental o papel das empresas na melhoria da qualidade dos serviços prestados pela rede assistencial. Por isso, o SESI em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) coordena, há dois anos, o Grupo de Trabalho em Saúde Suplementar (GTSS). “As empresas mobilizadas por esse grupo estão desenvolvendo projetos pilotos em parceria com a rede assistencial para avaliar a qualidade dos serviços prestados”, contou.

A iniciativa foi elogiada pelo diretor de Desenvolvimento Setorial da Agência Nacional da Saúde Suplementar (ANS), Rodrigo Aguiar. “É importante o protagonismo das empresas contratantes nas discussões sobre a melhoria do sistema de saúde suplementar”, declarou.

EDUCAÇÃO – Para Charles Souleyman, diretor-executivo do Centro de Treinamento Edson Bueno, é preciso tornar o processo de atendimento aos pacientes mais simples e eficaz. “Temos de cuidar para que a qualidade não se confunda com a complexidade”, declarou. Segundo ele, a transformação do sistema de saúde suplementar passa pela educação das pessoas, que precisam ser esclarecidas que todos, inclusive eles próprios, pagam a conta da incorporação de benefícios no sistema. 

Para o presidente do Icos, Cláudio Rottemberg, a educação é fundamental para melhorar a decisão sobre saúde dos indivíduos, em questões do dia a dia, como a ingestão de alimentos. “O papel central não está em tecnologia, que é algo para melhorar o processo, mas em mudanças de comportamento, inclusive, dos médicos em se focar no cuidado das pessoas e não nas doenças”, disse.

Na visão do diretor de Acesso e Relações Governamentais da farmacêutica Abbvie, Rogério Afif, a evolução do modelo de saúde suplementar se daria pelo compartilhamento de risco. “O ideal é a auto-regulamentação do setor, em que todos os atores discutam e promovam as melhorias necessárias”, assinalou. 


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