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CNI capacita examinadores de patentes do INPI em Indústria 4.0 e internet das coisas

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 10 de dezembro de 2019

Aulas serão ministradas pela Bosch entre 11 e 13 de dezembro no RJ

Um grupo de 120 examinadores do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) será capacitado para analisar patentes da Indústria 4.0, com aulas expositivas ministradas por engenheiros da Bosch. O curso é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o INPI e busca treinar os examinadores para avaliar tecnologias de fronteira. Esta é a segunda edição do curso. As aulas serão ministradas de 11 a 13 de dezembro, na sede do INPI, no Rio de Janeiro.

Em julho, o governo federal anunciou o Plano de Combate ao Backlog de Patentes. O objetivo desse plano, que é apoiado pela CNI, é reduzir o número de pedidos de patente na fila para análise, o chamado backlog, em 80% até 2021 e para 2 anos o prazo médio de concessão de patentes pelo INPI. Hoje, esse prazo está em seis anos. Com isso, a expectativa é que o instituto deixe de analisar pedidos de tecnologias antigas para se concentrar nas novas tecnologias.

O gerente-executivo de Política Industrial da CNI, João Emílio Gonçalves, afirma que, neste ano, haverá aulas voltadas especialmente para o tema internet das coisas (IoT). “Em breve, os examinadores vão se deparar com tecnologias de fronteira. A CNI e o INPI vislumbraram a oportunidade de treiná-los para que o instituto esteja pronto para a nova demanda gerada pela transformação tecnológica em curso”, afirma Gonçalves.

O chefe de Inovação e Propriedade Intelectual da Bosch, Leandro Mandu, afirma que os profissionais da empresa apresentarão as mais recentes tecnologias relacionadas à Internet das Coisas (IoT) e à Indústria 4.0, já que ambas logo estarão no dia a dia dos examinadores principalmente após a implementação do plano de ação do backlog do INPI.

“Além da parte teórica, nossos engenheiros apresentarão de forma prática as novas tecnologias disponíveis no mercado brasileiro e também no exterior por meio do uso de produtos e equipamentos físicos. A nossa ideia é proporcionar conhecimento técnico de forma que isso venha apoiar o examinador em suas atividades diárias, especialmente naquelas referentes à análise de patentes de novas tecnologias”, afirma Mandu.

A CAPACITAÇÃO – A capacitação de examinadores do INPI foi criada a partir de um Acordo de Cooperação Técnica entre a CNI e o INPI, assinado em novembro de 2018. O acordo visa a disseminar e fortalecer a propriedade intelectual enquanto instrumento competitivo, e tem como principais metas capacitar examinadores em tecnologias de fronteira; capacitar empresários e colaboradores das federações das indústrias; atualizar, reeditar e relançar os guias de propriedade intelectual; e mapear potencialidades de Indicações Geográficas.

Em 2018, a primeira edição do curso treinou um grupo de 160 examinadores. O objetivo das instituições é qualificar todos os examinadores durante a vigência do acordo, até 2020.

O coordenador-geral de Disseminação para a Inovação do INPI, Felipe Melo, reforça a importância do curso. “A capacitação dos examinadores em tecnologias da indústria 4.0 é fundamental para atualizá-los sobre a evolução atual da inovação nesse campo, que está relacionado às patentes mais recentes que serão analisadas”, afirma.

SAIBA MAIS - Em 2006, CNI e INPI assinaram convênio que originou o Programa de Propriedade Intelectual para o Desenvolvimento Industrial, lançado em 2010. Desde então, o programa é coordenado pela CNI. Além de promover capacitações para empresários de todo o país, o programa desenvolveu guias sobre o tema voltados para diferentes públicos, tais como jornalistas, empresários, estudantes, docentes e magistrados.

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