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CNI

Ibovespa sobe de novo e caminha para 1ª alta semanal desde meados de fevereiro

Por Reuters - Publicado 26 de março de 2020

O volume financeiro no pregão somou 30 bilhões de reais

O Ibovespa fechou em alta pelo terceiro pregão seguido nesta quinta-feira, caminhando para a primeira semana em seis com desempenho positivo, em meio à melhora no sentimento nos mercados globais face um pacote de 2 trilhões de dólares de estímulos econômicos dos Estados Unidos em resposta ao Covid-19.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 3,67%, a 77.709,66 pontos. O volume financeiro no pregão somou 30 bilhões de reais. Na semana, o ganho já alcança 15,87%, sinalizando a possibilidade de quebrar série de cinco semanas negativas em que acumulou perda de cerca de 40%.

O Senado norte-americano aprovou projeto de lei de 2 trilhões de dólares para ajudar trabalhadores desempregados e indústrias afetadas pela pandemia do coronavírus, além de fornecer bilhões de dólares para equipamento médico. A Câmara deve votar o texto na sexta-feira.

Em Wall Street, o S&P 500 subiu mais de 6%, mesmo após uma disparada nos pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA para mais de 3 milhões, nos primeiros sinais dos reflexos da pandemia, o que sugere que tal movimento já era esperado.

Agentes financeiros também observam que, após o pânico da última segunda-feira e de quedas fortes recentes por temores sobre os efeitos do Covid-19 nas economias, esse tipo de movimento de recuperação é normal. Ainda acrescentam que a volatilidade não deve dar trégua.

No Brasil, a cena corporativa também ocupou os holofotes, assim como a pauta macroeconômica, com o Banco Central cortando para zero sua projeção para a variação do PIB em 2020, diante de cenário político mais tenso em razão de divergências sobre medidas de combate ao Covid-19.

Citando um ambiente político conturbado e dados econômicos fracos, entre eles o IBC-Br, divulgado nesta quinta-feira, a equipe da Elite Investimentos avalia que os investidores têm focado principalmente nas medidas de estímulos dos EUA e Europa, conforme nota a clientes.

O Grupo das 20 principais economias do mundo promete que fará “o que for preciso” para superar a crise do coronavírus e disse nesta quinta-feira que vai injetar 5 trilhões de dólares na economia global através de medidas nacionais como parte de seus esforços para diminuir o impacto da doença.

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