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CNI

Lideranças da MEI definem prioridades da agenda de trabalho em 2025

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 28 de março de 2025

Sob a coordenação de André Clark, da SIEMENS Energia, Mobilização Empresarial pela Inovação vai analisar gargalos e propor soluções em nove áreas estratégicas por meio dos Grupos de Trabalho


Grandes lideranças do setor produtivo vão trabalhar para identificar desafios e oportunidades de inovação em nove temáticas, de energia à inteligência artificial, com o objetivo de contribuir com políticas públicas e estratégias de desenvolvimento de negócios no Brasil.  

Os grupos de trabalho (GTs) fazem parte da agenda de 2025 da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), fórum criado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para fortalecer o ambiente de inovação no país.  

No final do ano passado, André Clark, vice-presidente sênior da Siemens Energy para América Latina, assumiu a coordenação dos trabalhos da MEI, sucedendo Pedro Wongtschowski, ex-presidente do Conselho de Administração do Grupo Ultra, que liderou a agenda do fórum por quase uma década. 

Ao longo do ano, os grupos de trabalho farão encontros periódicos para construção de recomendações, disseminação de boas práticas e estruturação de projetos em cada agenda. Cada GT é coordenado por uma liderança. Os temas que serão explorados por cada grupo foram apresentados na reunião do Comitê de Líderes da MEI, que aconteceu sexta-feira (21) na CNI em São Paulo.

André Clark destaca que os GTs foram organizados tendo em vista as cadeias industriais portadoras de futuro, assim como temas transversais que constituem bases para o desenvolvimento de uma indústria mais inovadora no país.  


“Seu papel é identificar oportunidades e desafios que precisam ser trabalhados para a indústria brasileira ganhar competitividade. Com esses insumos, nós vamos interagir com o governo, o Congresso, as agências de fomento e as ICTs os melhores caminhos para darmos encaminhamento às propostas”, adiantou Clark.

Conheça os GTs, os líderes e os objetivos de trabalho 

1 - Descarbonização  

Líder: Fernando de Rizzo, CEO da Tupy 

Apoiar o desenvolvimento de padrões de mensuração de emissões simplificada para a rastreabilidade e certificação; avaliar o impacto das regulamentações de carbono na indústria; e avaliar a estratégia competitiva dos países e sua regulamentação de emissões. 

2 - Transição Energética  

Líder: Daniel Godinho, diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da WEG 

Incentivar a eficiência energética e a eletrificação de processos nas indústrias, por meio da adoção de novas tecnologias e da disponibilização de novas linhas de financiamento, contribuindo assim para a descarbonização e o aumento da produtividade e competitividade das empresas. 

3 - Armazenamento de Energia  

Líder: Ricardo Lima, CEO da CBMM 

Discutir e propor agenda regulatória do setor, porque hoje os custos são elevados, o país não tem infraestrutura totalmente adequada e há dependência de tecnologia importada; e desenvolver o mercado para novas energias, renováveis, limpas e intermitentes. 

4 - Combustíveis Sustentáveis 

Líder: Isabella Martins do Carmo, diretora de Relações Governamentais da Cargill 

Analisar o impacto dos biocombustíveis na segurança alimentar e no uso do solo, aumento da mistura de biocombustíveis na descarbonização (Lei do Combustível do Futuro) e posição do Brasil no mercado internacional. 

5 - Economia Circular  

Líder: Ana Costa, VP de Reputação, Sustentabilidade, Jurídico e Corporate Affairs na Natura 

Discutir e contribuir com questões-chave para viabilizar a economia circular em diferentes setores e portes de empresas, como regulação (municipal, estadual e federal), padrões internacionais, resíduos e logística reversa. 

6 - Transformação Digital e Inteligência Artificial  

Líder: Besaliel Botelho, membro do Conselho e ex-presidente da Bosch Latin America 

Disponibilizar novas tecnologias de maneira transversal para toda a indústria, por meio de três pilares: formação profissional e executiva, inteligência artificial (regulamentação e políticas de uso da IA no Brasil), e conhecimento (plataforma para compartilhamento de experiências). 

7 - Negócios do Futuro  

Líder: Lygia Pereira, fundadora da Gen-t 

Impulsionar a inovação radical na indústria farmacêutica brasileira, por meio da redução da burocracia para importação de insumos, equipamentos e serviços de pesquisa pré-clínica e clínica; do aprimoramento da regulação; e do incentivo à cultura empreendedora na academia. 

8 - Fomento à Inovação 

Líder: João Antonio Lopes Filho, CEO do Banco Fator 

Analisar os instrumentos de apoio à indústria deep tech e hard tech em outros países e propor mecanismos para o Brasil intensificar investimentos nesses setores (como mobilidade, energia, baterias, computação quântica, manufatura avançada, entre outros), assim como apoiar a aprovação dos aprimoramentos à Lei do Bem no Congresso. 

9 - Recursos Humanos para Inovação  

Líder: Luis Carlos Affonso, vice-presidente de Engenharia e Desenvolvimento Tecnológico da Embraer 

Atrair, reter, engajar e desenvolver recursos humanos para inovação, com foco no STEM (carreiras técnicas e de nível superior ligadas à ciência, tecnologia, engenharia e matemática), modernização dos cursos de engenharia e estímulo à adoção do marco legal de ciência, tecnologia e inovação.

O que é a MEI 

A Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) reúne representantes de mais de 300 empresas, institutos de pesquisa e universidades e tem a missão de fazer com que a inovação seja um pilar estratégico do setor produtivo. Além disso, o grupo empresarial contribui com propostas e recomendações para aperfeiçoar as políticas públicas de ciência, tecnologia e inovação (CT&I). 

Ao promover discussões por temas, a MEI possibilita o aprofundamento dos debates, a identificação de gargalos, a construção de estratégias de superação dos desafios e a sinalização de melhores oportunidades para o país.   

Criada em 2008, sob a coordenação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a MEI tem hoje três instâncias de trabalho, que permitem a interação permanente entre atores públicos e privados por meio de reuniões periódicas: o Comitê de Líderes (com cerca de 200 CEOs), 9 Grupos de Trabalho e Diálogos da MEI (encontros técnicos regionais). 

Conquistas da Mobilização 

Em 16 anos de atuação, a MEI apoiou avanços importantes no ecossistema nacional da CT&I, entre os quais:

  • criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii);
  • criação da rede de Institutos SENAI de Inovação e Tecnologia;
  • manutenção e o aprimoramento da Lei do Bem (nº 11.196/2005);
  • inserção na Constituição Federal do Dever do Estado de Promover a Inovação;
  • aprimoramento e a regulamentação do Marco Legal de CT&I (respectivamente, Lei nº 13.243/2016 e Decreto nº 9.283/2018);
  • revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Engenharia;
  • proibição do contingenciamento orçamentário do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), principal fonte de fomento à pesquisa e inovação no país, que resultou na Lei Complementar nº 177/2021.

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