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Programa SESI de Gestão Escolar avança e certifica escolas da rede

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 25 de abril de 2025

O PSGE foi implementado em 2021 e já conta com uma rede de 106 escolas participantes. Dessas, sete foram avaliadas e certificadas pelo programa em 2024


A unidade SESI Jundiaí (GO) foi uma das sete escolas já certificadas pelo Programa SESI de Gestão Escolar (PSGE)

Por meio do Programa SESI de Gestão Escolar (PSGE), diretores, coordenadores e docentes desenvolvem estratégias para organizar atividades, otimizar recursos e melhorar a qualidade do ensino. Dessa forma, o ambiente escolar se torna mais eficiente e saudável para professores e estudantes.  

A metodologia foi implementada no Serviço Social da Indústria (SESI) em 2021, em 27 escolas. Um ano após, passou a ser conduzida pelo Centro SESI de Formação em Educação. Hoje, 106 unidades de ensino fazem parte do programa e apresentam avanços significativos na melhoria dos resultados de aprendizagem dos estudantes. 

Para isso, o PSGE atua em duas frentes: a Formação de Gestores Escolares, com carga horária de 200 horas, sendo 60 horas de formação inicial mais 140 horas formação específica.  

Essas formações abordam desde temas relacionados ao Sistema Indústria, rede SESI, legislação educacional, liderança, até a implementação do PSGE nas escolas, que conduz a segunda parte do programa e divide-se nas seguintes etapas: 

  1. Formação Inicial e Formação Específica; 
  2. Ações Preparatórias; 
  3. Diagnóstico Escolar; 
  4. Elaboração do Planejamento de Melhoramento; 
  5. Implementação do Plano de Melhoramento; 
  6. Apuração de Resultados; e 
  7. Avaliação Externa e Certificação. 

Durante esse processo de desenvolvimento institucional, o PSGE propõe a adoção de parâmetros comuns para a implementação de um conjunto de ações na escola, com o objetivo de fortalecer a gestão baseada em evidências, mas sempre levando em consideração a autonomia e singularidade de cada ambiente escolar. A metodologia também utiliza como referência o modelo PDCA (Plan-Do-Check-Act), que consiste em quatro etapas: planejar, fazer, verificar e agir.

O programa é estruturado, então, em cinco áreas de atuação, relacionadas aos fatores de eficácia escolar: liderança e planejamento pedagógico; gestão administrativa e financeira; desenvolvimento profissional; relacionamento com alunos, pais e comunidade; e gestão de resultados.

Entenda como funciona cada área de atuação do PSGE 

Para Mariana Mesquita, gerente SESI Jundiaí, cada etapa é uma oportunidade de crescimento, que se inicia no diagnóstico, passa pela definição de metas e ações de melhoria, até chegar no acompanhamento dos indicadores e consolidação de boas práticas. 


“A participação no PSGE nos desafiou a olhar para a escola de forma sistêmica, compreendendo as conexões entre os diferentes processos e a importância de uma gestão integrada, participativa e orientada para resultados”, declara Mariana.


Certificação de qualidade da gestão escolar 

Após concluir as seis etapas do programa, a escola pode candidatar-se à certificação de qualidade. Para isso, é necessário que a unidade de ensino seja inscrita na Avaliação Externa do PSGE.  

Nesse momento, as escolas que optam por concorrer à Certificação de Qualidade recebem a visita de analistas técnicos responsáveis por coletar e sistematizar as informações necessárias para a avaliação do grau de instalação e maturidade dos processos de gestão da instituição. 

Em linhas gerais, a escola deve apresentar, no mínimo, 60% de instalação dos descritores de gestão, em um total de 34. Os descritores apresentam temas e direcionam o processo de aprendizagem e avaliações. Além disso, nenhuma área pode apresentar um percentual inferior a 40%.

O outro critério exigido para a certificação são os indicadores de avaliação dos resultados de aprendizagem dos estudantes, por meio do cálculo do percentual de alunos com nível de proficiência “abaixo do básico” nas provas do Avalia SESI, por etapa de ensino.

Os limites estabelecidos são: até 3% para o 5º ano do Ensino Fundamental - Anos Iniciais, até 6% para o 9º ano do Ensino Fundamental - Anos Finais e até 18% para a 3ª série do Ensino Médio. Esses percentuais consideram a média de desempenho de todas as áreas do conhecimento e têm como referência os resultados em nível nacional.


“O PSGE é um instrumento que impulsiona a melhoria contínua em nossas escolas. Ao estabelecer critérios que limitam a quantidade de estudantes com desempenho abaixo do básico, reafirmamos nosso compromisso com uma educação de qualidade para todos e com a redução das desigualdades educacionais em nosso país", afirma Kátia Marangon, Gerente do Centro SESI de Formação em Educação.


Até o momento, 14 escolas foram avaliadas. Dessas, 12 instituições já passaram pela deliberação do Conselho de Certificação de Qualidade, cuja 2ª reunião ocorreu em dezembro de 2024, ocasião em que sete unidades escolares foram aprovadas no processo: 

  • SESI/ES - CAT José Tarquínio da Silva - SESI Jardim da Penha; 
  • SESI/GO - Escola SESI Jundiaí; 
  • SESI/PA - Escola SESI Ananindeua 
  • SESI/PE - Escola SESI Caruaru - Unidade José Ranulfo Queiroz; 
  • SESI/PR - Escola SESI Londrina; 
  • SESI/RO - Unidade de Negócio de Vilhena; 
  • SESI/SC - Escola SESI Itajaí II. 

É importante destacar que o PSGE é um ciclo de aprimoramento contínuo e que a primeira certificação tem validade de dois anos. Após esse prazo, a escola deverá se candidatar novamente à Avaliação Externa e passar por uma nova deliberação do conselho. Portanto, mesmo após a certificação, a comunidade escolar deve dar continuidade à aplicação do PDCA, com o propósito de manter a cultura de melhoria da gestão.

Conheça os membros do Conselho de Certificação de Qualidade da Gestão Escolar 

  • Cláudia Costin: fundadora do think tank Innovation and Excellence in Education Policies e membro do Comitê Técnico do movimento civil brasileiro ‘Todos pela Educação’. 
  • Henrique Paim: diretor-Geral do Centro de Desenvolvimento de Gestão Pública e Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV) e professor da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas (FGV EBAPE). 
  • José Francisco Soares: especialista em avaliação de sistemas e políticas educacionais. Também atua como conselheiro em várias instituições brasileiras, como o IBGE e a Capes. 
  • Maria Helena Guimarães: ocupa a Cátedra Instituto Ayrton Senna de Inovação em Avaliação Educacional no Instituto de Estudos Avançados da USP e é vice-presidente do Conselho Estadual de Educação de São Paulo. É também embaixadora do PISA para Escolas no Brasil e membro do Conselho Consultivo da Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI). 
  • Ricardo Henriques: Superintendente Executivo do Instituto Unibanco e presidente do Conselho de Administração da Anistia Internacional Brasil, além de integrar conselhos de diversas organizações, como CEERT, CEIPE-FGV e Instituto Natura.   
  • Vasco Moretto: é um dos responsáveis pelo PAS (Programa de Avaliação Seriada) da Universidade de Brasília (UnB), primeira experiência brasileira de seleção diferenciada para acesso ao ensino superior em instituições de ensino superior públicas. 
  • Manoel Pires: diretor-presidente da Fundação Hermitage, diretor executivo do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Gestão em Educação (IBRADEGE) e consultor educacional. 

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