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CNI

Queremos abrir estratégias globais

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 03 de agosto de 2020

Uzi Scheffer, diz que pretende ter contato com indústrias brasileiras

O acordo firmado entre o SOSA e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) permitirá à plataforma atuar no Brasil para identificar as tendências mais relevantes do setor industrial e as soluções tecnológicas globais para ajudar as empresas a alcançar seus objetivos e desenvolver estratégias globais, diz Uzi Scheffer, CEO do SOSA. Principal rede global de inovação, que conecta empresas, governos e cidades a tecnologias e ecossistemas inovadores, o SOSA tem se transformado num hub de tecnologias disruptivas, com foco nas áreas de segurança cibernética, soluções orientadas a dados, insurtech, fintech, Indústria 4.0 e soluções de saúde digital.

REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA -  Qual a sua expectativa em relação ao acordo firmado com a CNI e a inclusão do Brasil nos sistemas de produção do SOSA?

UZI SCHEFFER -  Queremos trabalhar ativamente com empresas industriais brasileiras e apoiar com sucesso sua transformação digital. Ao fazermos isso, as ajudaremos a voltar ao trabalho após a Covid-19 e, mais do que isso, vamos apoiar sua competitividade na estratégia de longo prazo para conquistar novos mercados. Pretendemos implantar metodologias muito práticas que já estão funcionando com sucesso em outros países, todas destinadas a alcançar esses objetivos. O Brasil tem um grande setor industrial. Conectar esse setor à nossa rede global de inovação representa uma grande oportunidade para todos os lados envolvidos.

REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA -  As primeiras atividades do SOSA no Brasil já estão definidas? Como elas serão implementadas?

UZI SCHEFFER -  Vamos começar abordando o estabelecimento da parceria estratégica com a CNI, com a implementação de uma colaboração estreita que tornará nossos programas de inovação muito mais acessíveis para as empresas industriais brasileiras. Juntamente com a CNI, planejamos ter o maior número possível de conversas com empresas industriais brasileiras, a fim de mapear suas necessidades mais prementes e nos familiarizarmos plenamente com as características do mercado brasileiro. Em seguida, a equipe do SOSA pesquisará e identificará as tendências mais relevantes do setor e as soluções tecnológicas globais para ajudar essas empresas a alcançar seus objetivos e desenvolver estratégias globais.

REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA -  Com as mudanças que a pandemia causou na vida das empresas, qual é a principal lição que podemos aprender até agora no setor produtivo?

UZI SCHEFFER -  A necessidade de agir rápido. De uma hora para outra, as empresas tiveram que elaborar planos de implementação de tecnologias inovadoras para ajudar no retorno rápido ao trabalho e também para lidar com os desafios atuais: bem-estar dos funcionários, distanciamento social, acompanhamento da temperatura dos funcionários no ambiente de trabalho para reduzir o risco de infecção, compensação de cadeias de suprimentos quebradas e deslocamento de operações e serviços para o modo remoto. Foi necessário adotar medidas para ter um negócio resiliente e ágil o suficiente para lidar com mudanças futuras com rapidez.

REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA -  O senhor já falou sobre a necessidade de segurança cibernética, que aumentou drasticamente este ano. Poderia detalhar isso?

UZI SCHEFFER -  Quando conectamos o mundo, sempre há pessoas que desejam explorar isso. Portanto, a cibersegurança industrial está se tornando um pilar importante das fábricas inteligentes. Na era das metrópoles conectadas, nos tornamos dependentes da infraestrutura perfeitamente funcional de eletricidade, obras de água e tudo mais. Cada parte de toda a infraestrutura é operada através de um sistema de controle industrial, enquanto todas as partes se comunicam por meio de uma rede semelhante àquela em que os computadores estão conectados entre si.

REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA -  Que setores estão mais expostos?

UZI SCHEFFER - Esse princípio pode ser aplicado a tudo relacionado aos vários setores da indústria pesada. Assim, quando uma rede de computadores pode ser comprometida por um ator mal-intencionado, o mesmo é relevante para os sistemas industriais. Por exemplo, o relatório de investigações de violação de dados da Verizon, empresa de telefonia móvel dos Estados Unidos, descobriu que sofreu um aumento de violações motivadas financeiramente nos últimos dois anos (2018 e 2019), mas a espionagem ainda é um forte motivador. 

REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA -  Quais são as violações mais frequentes?

UZI SCHEFFER -  A maioria das violações envolve phishing (roubo de informações e dados pessoais relevantes por meio de mensagens falsas) e o uso de credenciais roubadas. O roubo de credenciais geralmente está associado a um motivo financeiro, que reflete 68% dos casos incluídos na pesquisa desse relatório. Outro motivo forte é o propósito de espionagem, responsável por 27% do total de casos.

REVISTA INDÚSTRIA BRASILEIRA -  Como a inovação pode ajudar as empresas a recuperar sua economia após a pandemia?

UZI SCHEFFER - Mantendo medidas para prevenir a contaminação pela Covid-19, devemos retornar ao trabalho rapidamente, mas para isso será preciso implantar ferramentas e serviços remotos de trabalho para dar suporte ao distanciamento social. Também é necessário reduzir os custos operacionais implementando tecnologias para suportar isso e introduzir novos serviços para clientes usando tecnologias inovadoras e ferramentas remotas, de modo a permitir a continuidade dos negócios, apesar das restrições de viagem.

A Indústria contra o coronavírus: vamos juntos superar essa crise

Acompanhe todas as notícias sobre as ações da indústria no combate ao coronavírus na página especial da Agência CNI de Notícias.

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