Operador dos torneios de robótica da FIRST Lego League (FLL) no Brasil desde 2011, o Serviço Social da Indústria (SESI) agora traz para o Brasil as batalhas da categoria FIRST Tech Challenge (FTC). A modalidade, realizada em outros países desde 2005, é mais um incentivo da instituição à ciência e tecnologia na vida de jovens brasileiros. Confira, a seguir, as principais diferenças entre o FLL e o FTC.
Público-alvo
O FIRST Lego League é voltado para estudantes do ensino fundamental com foco em STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática). Para participar, os times devem ter de dois a dez integrantes, que podem estar associados a uma escola, um clube, uma organização ou simplesmente ser formado por um grupo de amigos.
Já o FIRST Tech Challenge traz provas direcionadas a grupos de até 15 jovens do ensino médio com máquinas e circuitos bastante conhecidos nos ramos da Engenharia.
Construção dos robôs
Para construir os robôs na modalidade FLL, os estudantes podem usar somente peças fornecidas pela LEGO. Na FTC, os robôs são desenvolvidos com kits REV ou Tetrix, compostos por circuitos elétricos e peças de encaixe, geralmente, utilizadas por profissionais de Engenharia. As equipes têm, ainda, liberdade para utilizar outros materiais como acrílico, MDF e peças de metal.
A programação também é diferente. Os grupos da FLL utilizam um aplicativo disponibilizado pela LEGO, com uma linguagem em blocos. Enquanto isso, no FTC, os jovens podem optar entre a escrita em linhas, conhecida como JAVA, ou a linguagem de programação Scratch, em blocos.
Avaliações e Prêmios
Nos torneios de robótica FLL os competidores são avaliados em quatro categorias: Projeto de Pesquisa, Desafio do Robô, Design do Robô e Core Values.
No Tech Challenge, as equipes concorrem em seis categorias, prescritas em um caderno de Engenharia. Prêmio Conectar (Conect Award), Prêmio Motivação (Motivate Award), Prêmio De Design (Design Award), Prêmio Pensar (Think Award), Prêmio de Inovação (Inovate Award) e Prêmio de Control (Control Award) são elas.
Provas
A construção do robô de Lego é a grande atração dos torneios FLL, mas não é a única prova da competição. Antes de colocá-los na mesa de missões, as equipes utilizam a tecnologia LEGO® Mindstorm para desenvolver o desenho mecânico dos robôs autônomos que serão utilizados para pontuar nas missões.
Além disso, as crianças também precisam solucionar um problema do mundo real relacionado ao tema de cada temporada, por meio de pesquisas que serão apresentadas aos juízes no Torneio de Robótica. Ajudar o próximo sempre que possível e manter um clima amigável, em que o mais importante é participar, colaborar e competir também são atitudes que valem pontos na competição.
No FTC, os competidores criam um robô maior e com materiais mais variados. Madeira, plástico, metal e acrílico são alguns dos recursos aprovados para uso. As disputas no campo também são diferentes, pois as equipes batalham e criam alianças entre si. Há etapas classificatórias, com seis partidas para criação de um ranking; e partidas eliminatórias, comquartas de finais, semifinais e finais, que são disputadas em duplas.
Os jovens também desenvolvem atividades fora da batalha, nos torneio FTC. Uma delas é a elaboração de um plano de negócios, em que a equipe projeta os custos para desenvolver o projeto e também a estratégia para levantar o dinheiro. Os jovens têm a missão de inspirar a sociedade com ciência e tecnologia, por isso, eventos, trabalhos voluntários e outras estratégias são bastante importantes para essa modalidade e valem pontos.
MAIS – A temporada 2019/2020 do FIRST Lego League está com inscrições abertas até o dia 1º de outubro. Neste mês de setembro, o novo desafio do FIRST Tech Challenge, Skystone, foi lançado e também está com inscrições abertas. Acesse o canal de robótica do SESI e saiba mais sobre as competições.