Empresas que querem se manter competitivas precisam, cada vez mais, considerar a opção de expandir seus negócios para o exterior. Ao contrário do que se pode acreditar, esse processo não é apenas para as grandes, mas também para as micros, pequenas e médias empresas. De acordo com a última pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre o perfil das empresas exportadoras, 77,3% são MPEs e 22,7% são grandes.
A gerente de Serviços de Internacionalização da CNI, Sarah Saldanha, explica que entre os benefícios do processo de internacionalização estão o ganho de competitividade e a redução do risco com a diversificação de clientes ou parceiros. “Com o apoio adequado, é possível buscar novos mercados, aumentar o lucro com novas vendas e deixar a empresa menos exposta às oscilações do mercado doméstico”, comentou Sarah.
A internacionalização é entendida como qualquer vínculo de uma empresa com o mercado exterior. Além de exportação e importação, encaixam-se nesse conceito a parceria com empresas internacionais e a montagem de uma operação fora do Brasil. Para ajudar as empresas nesse processo, a Agência CNI de Notícias listou cinco passos que as empresas interessadas em internacionalizarem a sua operação precisam seguir. Confira:
1. Comece pelo planejamento
O primeiro passo é saber qual o nível de maturidade da empresa e definir o que se pretende com a internacionalização. O objetivo é aumentar o lucro ou dar mais segurança à empresas para enfrentar eventuais oscilações do mercado interno? Os objetivos são fundamentais para buscar a capacitação e inteligência comercial.
2. Defina onde a sua empresa quer estar
Estudos, pesquisas e uma assessoria adequada ajudam a definir os mercados adequados para cada produto. Com ferramentas e informações corretas, é possível se preparar e antecipar tendências. Cada país tem regras específicas para exportação e é preciso conhecê-las antes de iniciar a operação. A apuração de informações estratégicas sobre potenciais parceiros ou concorrentes também é necessária. Feiras e missões internacionais ajudam muito nesta etapa.
3. Vai ser necessário se adequar
Após conhecer o mercado, o empresário deve voltar o seu olhar para a sua empresa, processos e produtos para checar quais adequações precisarão ser feitas. A definição de prazos e preços dos produtos também é essencial para o empresário definir quais condições podem ser aplicadas em cada situação. Meio de transporte, tempo de entrega, formas de pagamento e impostos são componentes fundamentais da equação.
4. Exercite sua habilidade de negociação
Pesquise potenciais clientes e participe de encontros de negócios no Brasil e no exterior. Tenha flexibilidade e busque, dentro do possível, ajustar as propostas à realidade do comprador. Quanto melhor as etapas anteriores tiverem sido realizadas maiores as chances da negociação serem bem sucedidas.
5. Tenha um contrato claro e aproveite os acordos comerciais
É fundamental formalizar o contrato com todas as condições acordadas - volume, prazo, descrição do produto, responsabilidades mútuas - para diminuir riscos. A CNI, por meio de todas as federações de indústria oferece o Certificado de Origem, um documento que garante benefícios tarifários aos produtos nos países com os quais o Brasil tem acordo comercial e pode funcionar como um diferencial de mercado nos demais.