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AIRIS - o supercomputador para a indústria

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 25 de outubro de 2019

O AIRIS é o computador mais potente voltado à pesquisa industrial

Ele se chama AIRIS - Artificial Intelligence RSB Integrated System, e é o computador mais potente do país voltado integralmente à pesquisa industrial. O AIRIS é destinado prioritariamente para o setor de óleo e gás, mas também pode beneficiar outros segmentos estratégicos para o país, como os de energias renováveis, biotecnologia e mineração, além de possibilitar aplicações em inteligência artificial.

O supercomputador foi inaugurado nesta quinta-feira (24) e é resultado da parceria entre o SENAI CIMATEC e a Repsol Sinopec Brasil. “Um dos objetivos da instalação do AIRIS é permitir a solução de problemas complexos com significativa redução de tempo de processamento, acelerando a tomada de decisões, reduzindo custos e contribuindo para tornar as operações mais seguras. Em operações complexas como as que temos no pré-sal brasileiro, essa imensa capacidade de processamento permitirá que sejam geradas imagens sísmicas com qualidade cada vez melhor”, declarou Mariano Ferrari, CEO da Repsol Sinopec Brasil.  

A nova máquina de alta performance está instalada no SENAI CIMATEC, na Bahia. Adhvan Furtando, Gerente Executivo de Computação da unidade, explica que um supercomputador como o AIRIS é empregado na resolução de problemas muito complexos, como o imageamento sísmico. “No pré-sal brasileiro, o petróleo está longe da costa, muito profundo. Lá embaixo, para conseguir identificar o melhor ponto é necessário um algoritmo muito complexo, que um computador normal não tem capacidade para processar”, diz Adhvan.

“Foi um desafio montar uma arquitetura de configuração específica para problemas complexos de petróleo e gás, mas ao mesmo tempo genérica o suficiente para realizar atividades em outros setores”, explicou o Gerente do Centro de Supercomputação do SENAI CIMATEC, João Marcelo Silva.

A capacidade de processamento de 800 TeraFLOPS equivale a cerca de 5 mil computadores pessoais. “Essa comparação é apenas didática, já que mesmo com computadores convencionais trabalhando em conjunto, seria impossível chegar a essa capacidade, porque o supercomputador tem também uma rede e armazenamento de alto desempenho”, disse João Marcelo.

Em relação às versões mais antigas de supercomputadores, o AIRIS representa avanços em termos de sustentabilidade, com melhor eficiência térmica e custo de energia menor. O investimento no desenvolvimento da máquina e da estrutura necessária para o seu funcionamento foi de R$27 milhões. O AIRIS passou cerca de 10 meses para ser fabricado e pesa mais de cinco toneladas.

CENTRO DE SUPERCOMPUTAÇÃO - Além do AIRIS, outras três máquinas compõem o Centro de Supercomputação do SENAI CIMATEC: o Yemoja, em parceria com a Shell, voltado para as pesquisas para otimizar a exploração de petróleo e gás nas camadas do pré-sal; o Omolu, montado em parceria com a Fiocruz para processamento de dados de pesquisas na saúde pública; e o Ògún, dedicado às pesquisas industriais em diversos segmentos. Há ainda um quinto supercomputador, que já está em processo de instalação e configuração, montado em parceria com a Petrobras. 

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