O diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Rebello, afirmou, nesta quinta-feira (11), que tem interesse em ampliar a parceria com o Serviço Social da Indústria (SESI) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para compartilhamento de dados entre as instituições.
A intenção foi informada durante visita de Rebello ao Observatório Nacional da Indústria – hub de inteligência coletiva responsável por acessar e analisar dados e informações, identificar e construir cenários de futuro para a indústria.
“A indústria pode ser uma grande colaboradora com a Agência no sentido de passar as informações daquilo que é vivenciado na ponta. São 51 milhões de beneficiários dentro da saúde suplementar. Desses 51 milhões, 80% são beneficiários ligados à indústria e eles têm muitas informações e dados. Obviamente, dentro de uma regulação, queremos estimular mudanças de comportamento por parte das operadoras de planos de saúde”, disse Rebello.
“Então, é de suma importância que haja esse compartilhamento de informação e de dados por parte da indústria e da Agência Nacional de Saúde Suplementar”, completou.
A ANS e o SESI já têm um acordo de cooperação para estimular ações de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças no ambiente de trabalho. A medida busca contribuir para levar melhores resultados em saúde à população atendida por planos coletivos empresariais e assegurar a sustentabilidade do setor.
Segundo o superintendente de Saúde e Segurança na Indústria do SESI, Emmanuel Lacerda, a qualidade dos dados e a confiança entre os diversos agentes da cadeia de saúde suplementar – ANS, contratantes, operadoras de saúde e rede de assistência à saúde – são os principais pilares para promover melhorias no sistema.
“O sistema de saúde suplementar é complexo e há necessidade de envolvimento de todos os interessados para garantir a sustentabilidade do setor e, consequentemente, do Sistema Único de Saúde (SUS). O intercâmbio de dados pode nos ajudar a enxergar melhor o cenário atual e o futuro e, assim, implementar ações mais eficazes”, apontou Lacerda.
Ao longo da visita, o superintendente do Observatório Nacional da Indústria, Márcio Guerra, apresentou o trabalho do hub de dados à ANS e mostrou como a estrutura tem ajudado a produzir conhecimento aplicado e inteligência estratégica, apoiando na compreensão de diversos temas das áreas de economia, mercado de trabalho, educação, meio ambiente, logística e saúde, e ajudando na criação de “insights”.
"Estamos construindo o maior big data em temas de interesse do ecossistema industrial. Temos a oportunidade de analisar cenários futuros e fazer com que esse conhecimento chegue na indústria e para a sociedade", afirmou Guerra.
O Observatório reúne 209 bases de dados. Por meio de estruturas inteligentes, algoritmos e indicadores, disponibiliza informações fundamentais para o fortalecimento da indústria em diferentes formatos como: dashboard, data visualization, relatórios, modelos de report, tabelas, gráficos, linhas do tempo, big data e mapas.