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B20 Brasil entrega ao presidente Lula propostas para influenciar o G20

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 28 de agosto de 2024

Pela 1ª vez, recomendações do setor privado são apresentadas antecipadamente à liderança do grupo. O documento será entregue ao presidente da República nesta quarta (28)


Líderes da forças-tarefas do B20 apresentam recomendações para governo federal

A liderança do B20 Brasil se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta quarta-feira (28), no Palácio do Planalto, para entregar as recomendações de políticas públicas que devem influenciar as decisões do G20. Em 2024, o grupo econômico mundial é liderado pelo governo brasileiro. Já o fórum de engajamento empresarial, Business 20 (B20), é coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Esta é a primeira vez que o B20 entrega as propostas do setor privado ao G20 antecipadamente.

O objetivo é garantir mais tempo para análise das 24 recomendações listadas pelo setor privado, antes da reunião final do G20 marcada para novembro. O documento, conhecido como communiqué, será entregue pelo chair do B20 Brasil, Dan Ioschpe, e pelo presidente do Conselho Consultivo do fórum e presidente da CNI, Ricardo Alban.

As recomendações foram construídas ao longo dos últimos meses pelas sete forças-tarefas temáticas e pelo conselho de ação do B20 Brasil, que contam com mais de mil membros, representantes de mais de 40 países. Para Dan Ioschpe, a entrega das recomendações fortalece a participação do fórum empresarial durante a presidência brasileira do G20, ao disseminar as propostas elaboradas e contribuir para promover diálogo e formular políticas públicas. 

“O trabalho do B20 Brasil foi orientado por cinco pilares estratégicos que estão conectados às três grandes prioridades do G20 e nos ajudaram a elaborar as recomendações necessárias, para avançarmos em temas relevantes, além de propor soluções para grandes desafios globais, como a transição energética e o processo de descarbonização, a transformação digital, o combate à fome, pobreza e as desigualdades, entre outros”, afirma Dan.


“As propostas do B20 devem influenciar o debate do mais importante fórum de cooperação econômica internacional, que é o G20”, finaliza o chair do grupo.

'As propostas do B20 devem influenciar o debate do mais importante fórum de cooperação econômica internacional, que é o G20', afirma Dan Ioschpe

B20 Brasil foca em eixos prioritários

O presidente da CNI, Ricardo Alban, reforça a importância do protagonismo da indústria brasileira nas discussões em 2024 e destaca um dos pilares do legado da gestão atual, com recomendações específicas para o setor privado do Brasil.


"Estamos convencidos de que as recomendações do B20 Brasil poderão contribuir com um novo ciclo de crescimento do país. A expectativa é que as propostas sejam colocadas em prática. Por isso, o B20 priorizou sugestões de alto impacto e que possam de fato ser executadas", afirma Alban.


'Estamos convencidos de que as recomendações do B20 Brasil poderão contribuir com um novo ciclo de crescimento do país', afirma Ricardo Alban

As 24 recomendações do B20 Brasil estarão disponíveis em breve, na íntegra, no site oficial do fórum. As propostas serão debatidas durante o B20 Summit Brasil, nos dias 24 e 25 de outubro, em São Paulo. A expectativa de público é de mais de mil pessoas, entre convidados brasileiros e de países-membros do G20. As inscrições para o evento estão abertas e são limitadas. Para se inscrever, basta clicar  aqui.

Conheça as principais propostas do B20

B20 é o grupo de engajamento mais influente do G20

Além do chair Dan Ioschpe, a estrutura do B20 Brasil é composta pela sherpa Constanza Negri e pelos CEOs brasileiros que lideram as forças-tarefas: de Transição Energética e Clima, Ricardo Mussa (Raízen); de Comércio e Investimento, Francisco Gomes Neto (Embraer); de Sistemas Alimentares Sustentáveis e Agricultura, Gilberto Tomazoni (JBS); do conselho de ação de Mulheres, Diversidade e Inclusão, Paula Bellizia (Ebanx); de Finanças e Infraestrutura, Luciana Ribeiro (eB, Capital); de Emprego e Educação, Walter Schalka (Suzano); de Transformação Digital, Fernando de Rizzo (Tupy); e de Integridade e Compliance, Claudia Sender. 

O B20 Brasil conta, ainda, com cerca de 1.200 membros e dois conselhos consultivos, um nacional e um internacional. Presidido por Ricardo Alban, o conselho nacional tem 15 líderes empresariais brasileiros – de diferentes setores – que auxiliam a liderança do B20 no aconselhamento estratégico e defesa junto a autoridades. 

O fórum empresarial é um dos 13 grupos de engajamento sociais do G20. O objetivo é produzir, debater, consolidar e apresentar recomendações aos líderes do G20, influenciando temas como o combate à fome, às desigualdades sociais, a transição energética e a transformação digital. 

Em 2024, além dos 19 países-membros (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia) e dois órgãos regionais (União Africana e a União Europeia), a presidência brasileira convidou oito países para participar do debate: Portugal, Noruega, Singapura, Espanha, Nigéria, Egito, Angola e Emirados Árabes Unidos.  

G20 e a economia mundial

O G20 tem uma liderança global significativa. Nas últimas duas décadas, o bloco desempenhou um papel crucial na coordenação de respostas a crises globais, como a estabilização dos mercados financeiros e o lançamento de um estímulo econômico global para enfrentar a crise financeira de 2008. Além disso, assumiu a liderança na luta global contra a pandemia de coronavírus, com um estímulo fiscal de mais de US$ 5 trilhões para minimizar as perdas de emprego e renda resultantes da crise sanitária.

Os membros do G20 representaram 88,2% do PIB mundial e mais de 75% do comércio internacional de bens e de serviços em 2022, englobando 78,6% da população mundial. O grupo também exerce forte influência no setor industrial brasileiro: no comércio de bens industriais, em 2023, o G20 representou 71,8% das exportações brasileiras (US$ 127,3 bi) e 85,8% das importações (US$ 187,4 bi) de bens da indústria de transformação.

Além disso, ao G20 foi responsável por 91% dos investimentos diretos recebidos pelo Brasil em 2021, totalizando US$ 562,1 bilhões. Em contrapartida, o G20 foi destino de 92,1% dos investimentos brasileiros diretos no exterior no mesmo período, um total de US$ 200,7 bi.

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