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Como ser um Dean’s List? Prêmio reconhece estudantes que se destacam na FTC e FRC

Por Agencia CNI de Notícias - Publicado 05 de maio de 2023

O prêmio, concedido a 10 competidores de FTC e 10 de FRC a cada temporada no mundial de robótica, reconhece líderes estudantis e pode ser o passaporte para uma boa universidade


Bruno Ósio, da equipe 1772 Trail Blazers, foi o primeiro brasileiro a conquistar o Dean’s List na etapa mundial

FIRST Tech Challenge (FTC) e a FIRST Robotics Competition (FRC) são recheadas de prêmios: técnico destaque, inovação, criatividade na estratégia de jogo, melhor design, inspiração em engenharia, trabalho em equipe e por aí vai. Em meio a tantas premiações, não poderia faltar aquela que celebra os alunos. Aqueles com perfis de líderes estudantis podem integrar o Dean’s List. Esse nome é por conta do Dean Kamen, o fundador da FIRST (veja mais sobre ele na arte)! 

Até chegar ao FIRST Championship, o mundial de robótica realizado em Houston, os Dean’s List passam por algumas etapas. Se liga como funciona: 

Clique aqui e conheça o passo a passo.

Brasileiros na lista  

Na temporada 2022-2023, os Dean’s List anunciados no Festival SESI de Robótica para a FTC foram os jovens Manassés Viana, 16 anos, da equipe Ananintech, da Escola SESI Ananindeua (PA); e Kawane Bruna Prates, 15, do SESI SENAI FTBEN, da Unidade integrada SESI SENAI Carlos Guido Ferrario Lobo (AL).  

Pela FRC, os finalistas foram Helena Scussel, 18, da equipe 5800 Magic Island Robotics Team, do Instituto Federal de Santa Catarina (SC); e Bruno Ósio, 19, da equipe 1772 Trail Blazers, da E.E.E.M Heitor Villa-Lobos (RS), parte da rede pública do estado. 

Bruno entrou para a história da robótica no Brasil ao se tornar o primeiro brasileiro a conquistar o Dean’s List na etapa mundial. 

Desafio para estar entre os 10 do mundo 

Quando o nome de Bruno foi anunciado como um dos grandes vencedores, ele não estava presente porque não conseguiu custear a viagem. 

O gaúcho entrou para a robótica em 2020. Na temporada seguinte, Bruno foi capitão do time de programação e criou um jogo para ensinar programação de LEGO. Como resultado, foi indicado, no mesmo ano, para compor o Time Brasil na FIRST Global Challenge (FGC). Na competição, de estilo olímpico, cada país é convidado a enviar uma equipe para construir e programar um robô para competir. 

Na temporada de 2021, a equipe brasileira conquistou quatro medalhas – três de ouro e uma de prata. No ano seguinte, Bruno também participou da delegação. 

Na cidade natal, Gravataí, o jovem realizou projetos voluntários de robótica, alguns voltados a escolas públicas. Também foi um dos organizadores e treinador de juízes da primeira competição de robótica da região. 


 “Diante de todos os meus esforços como estudante na equipe e meu amor por continuar ajudando a robótica no Brasil, fui indicado pela minha equipe para o Dean’s List Semifinalist na regional do Brasil”, explica.


Esse foi só o começo... Entre os 100 indicados pelas equipes no Festival SESI de Robótica, Bruno foi escolhido para representar o Brasil no mundial e lá entrou para a concorrida lista dos 10 alunos destaque. 

A trajetória de Helena Scussel foi um pouquinho diferente. A futura engenheira de computação começou com robôs de LEGO, aos 8 anos, e foi evoluindo nas categorias até chegar ao nível da robótica industrial, a FRC. 

Helena Scussel, da equipe 5800 Magic Island Robotics Team, foi uma das finalistas Dean’s List pela FRC

Na Magic Island Robotics Team, ela trabalhou e liderou a área de programação e também se envolveu com patrocínios e empreendedorismo. Passou por todas as áreas dentro da equipe. 

“Acho que o fato de estar todos os dias presente e proativa na equipe me destacou para a indicação de Dean’s List. Estudei durante os últimos dois anos para agregar valor ao trabalho técnico da equipe, sempre quis levá-la a outro patamar”, afirma. 

Para embarcar para o mundial, Helena pegou carona com a Barker Redbacks 4613, equipe número um da Austrália. Os dois times têm uma relação muito próxima pois os mentores da Barker são brasileiros. Em toda temporada eles tentam levar os Dean’s List brasileiros, preferencialmente de instituições públicas, para a grande final. 

Passaporte para universidades 

Mais que um título, o Dean’s List pode ser a porta de entrada para as universidades. Muitas instituições renomadas dos Estados Unidos participam do mundial e buscam estudantes com esse perfil. 


“Eles trouxeram representantes da Universidade de Yale, do MIT e de um instituto de tecnologia politécnico de Houston. Eles passaram contatos pra gente porque acreditam que os finalistas e campeões são exemplos e querem esses alunos nas universidades deles”, lembra Bruno Perciani, finalista Dean’s List em 2022 e ex-Megazord 7563. 


O espírito de parceria FIRST é espalhado por todos os cantos do mundo. Bruno Perciani foi citado pela finalista da FTC Kawane Prates em seus agradecimentos. Os dois participaram do SESI Robotics International Open Brazil, realizado em 2022, no Rio de Janeiro. Lá, ela conta, o competidor compartilhou dicas valiosas sobre a entrevista de seleção. 

Semifinalistas, finalistas ou vencedores, Dean’s List são ótimos exemplos de líderes estudantis. A ideia da FIRST é que esses jovens continuem, mesmo após o prêmio, como grandes lideranças na comunidade. 

Mas, afinal, quem é Dean? Saiba aqui.

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