A confiança do empresário industrial em julho manteve-se no mesmo patamar do início do ano. Considerando que sazonalmente o índice de janeiro é o mais alto, conclui-se que os empresários estão ficando mais confiantes. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) de julho situou-se em 60,3 pontos, valor 0,9 pontos acima do registrado em abril. O resultado de julho é positivo, mas nada que indique aumento mais significativo no atual ritmo de expansão da indústria.

Na comparação com julho de 2006, o ICEI registrou crescimento de 5,9 pontos. A variação se deve, sobretudo, pela melhora na percepção das condições atuais de negócio em relação aos seis meses anteriores. Em julho de 2006, a percepção da indústria era de deterioração da situação, na comparação com os seis meses antecedentes – o indicador de condições atuais situava-se em 44,8 pontos, abaixo da linha divisória dos 50 pontos. Em 2007, a indústria, como um todo, percebe melhora da situação. Não se registra deterioração das condições atuais de negócio sequer pelas pequenas empresas, cujo índice passou de 48,5 para 50,6 pontos de abril para junho. O indicador de expectativas para os próximos meses também responde por parte do crescimento no ICEI. O indicador registrou aumento de 4,4 pontos na comparação com julho de 2006, quando situava-se em 59,2 pontos. Na abertura por porte das empresas, observa-se que o índice referente às pequenas empresas é a que mais se elevou desde julho de 2006 (NULL,7 pontos).

Dos 27 setores pesquisados, 16 registraram aumento de confiança. O setor de maior otimismo é o de Bebidas, que registrou índice de 67,6 pontos, seguido de Equipamentos Hospitalares e de Precisão ( pontos). Destaca-se ainda o setor de Calçados, que registrou o maior aumento de confiança na comparação com abril, passando a registrar otimismo (o índice passou de 46,9 para 55,4 pontos no período). Outros setores com grande aumento da confiança foram Bebidas e Vestuário.

Já dentre os sete setores que registraram queda na confiança, merece destaque o setor de Álcool, com queda de 15 pontos em seu índice. O setor, destaque positivo na pesquisa de abril, passou a ser um dos que registram menor nível de confiança (NULL,4 pontos). Destaca-se ainda a queda na confiança registrada na indústria extrativa (-5,9 pontos) e no setor de Refino de Petróleo (-5,6 pontos).O único setor que registrou índice de confiança praticamente sobre a linha divisória foi o setor de Madeira (NULL,7 pontos), embora se deva ressaltar que o índice cresceu 3,2 pontos na comparação com abril.