Brasília – O empresário da indústria se manteve otimista em abril, segundo mostra a sondagem trimestral de opinião Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), divulgada hoje pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O ICEI de abril foi de 59,4 pontos, apenas 0,7 pontos abaixo do anterior, de janeiro, o que sugere a manutenção do ritmo de crescimento da atividade do setor. Segundo a metodologia da sondagem, valores acima de 50 demonstram otimismo. Pela primeira vez o ICEI traz os dados abertos por setor de atividade.
O ICEI se manteve praticamente inalterado porque os dois componentes variaram em direções opostas. A variável de condições atuais aumentou, enquanto que a de expectativa para os próximos seis meses recuou.Em relação às condições atuais (comparadas aos últimos seis meses), a confiança do empresário industrial subiu de 51,2 pontos em janeiro para 52,3 pontos em abril. Quanto à economia brasileira, o indicador aumentou de 48,9 pontos em janeiro para 50,7. Quando a pergunta se refere à própria empresa, o otimismo sobre as condições atuais subiu de 52,5 pontos para 53,2 pontos.
A expectativa geral para os próximos seis meses caiu, de 64,5 pontos em janeiro para 62,9 pontos em abril. Em relação à economia brasileira, caiu de 58,8 pontos para 57,8, no mesmo intervalo comparativo. A expectativa quanto às atividades da própria empresa para os próximos seis também mostrou queda expressiva, de 67,3 pontos para 65,4 pontos.
Entre os setores, os que mantém o maior nível de otimismo são os de álcool (NULL,4 pontos), farmacêutico (NULL,8 pontos), veículos automotores (NULL,3 pontos) e equipamentos hospitalares e de precisão (NULL,2 pontos). Os dois únicos setores posicionados abaixo dos 50 pontos, ou seja, que estão pessimistas, são os de madeira e calçados. O ICEI do setor de calçados foi de 46,9 pontos. O do setor madeireiro foi ainda pior, ficou em 46,5 pontos.
As respostas para a sondagem foram coletadas no período de 30 de março a 20 deste mês. Um total de 1.491 empresas enviaram os questionários preenchidos, sendo 818 de micro e pequenas, 438 de médio porte e 235 grandes indústrias. A coleta de informações teve a participação de Federações de Indústrias de 22 Estados, embora tenham sido consultadas empresas de todo o Brasil.