Empresários industriais do Sudeste relataram baixa confiança em julho, segundo os Resultados Setoriais do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI). A pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o indicador da região caiu de 50,5 pontos para 49 pontos na passagem de junho para julho e, ao ficar abaixo da linha divisória de 50 pontos, significa falta de confiança.
“O aumento na volatilidade da taxa de câmbio, possivelmente, afetou a confiança dos empresários do Sudeste, pois a região concentra a maior parte das indústrias do país e muitas estão ligadas ao mercado externo, seja exportando ou importando”, explica a economista da CNI, Paula Verlangeiro.
Também houve recuo do indicador no Centro-Oeste, que saiu de 53,4 pontos para 51,6 pontos, e no Norte, de 55 pontos para 53,4 pontos. No Nordeste e no Sul a confiança ficou estável com, respectivamente, 55,3 pontos e 47,9 pontos.
Confiança por porte de empresa
O ICEI Setorial mostra leve queda em todos os portes de empresa na passagem de junho para julho. A queda maior foi de 0,9 ponto nas médias e grandes empresas. Nas pequenas empresas, o recuo do índice de confiança foi de 0,4 ponto.
Apesar desse resultado em julho, as médias e grandes empresas da indústria seguem confiantes, enquanto as pequenas empresas registram falta de confiança.
Indústria de celulose e papel apresenta aumento da confiança
Em julho, a confiança caiu em 18 setores da indústria e aumentou nos outros 11. Este mês, apenas o setor de celulose e papel mudou de status, pois registrou aumento de 49,4 pontos para 51 pontos.
O ICEI varia de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam confiança do empresário e valores abaixo indicam falta de confiança do empresário.
Sobre os resultados setoriais do ICEI
O ICEI Setorial apresenta os resultados da indústria extrativa, da construção e de transformação. A publicação também disponibiliza índices de confiança para os três portes de empresa (pequeno, médio e grande) e para as cinco regiões do país.
Nesta edição, foram consultadas 1.792 indústrias, entre os dias 1º e 9 de julho.