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Conheça os vencedores do Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 13 de setembro de 2019

Cada vencedor vai receber uma bolsa no valor de R$ 50 mil

Prêmio Indústria Nacional Marcatonio Vilaça para as Artes Plásticas anunciou os vencedores na noite desta quinta-feira (12), em evento no Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado (MAB – FAAP), em São Paulo. Aline Motta (RJ), Dalton Paula (DF), Dora Longo Bahia (SP), Ismael Monticelli (RS) e Rodrigo Bueno (SP) foram selecionados entre 600 artistas de todo país que se inscreveram na 7ª edição do prêmio.

Cada vencedor vai receber uma bolsa no valor de R$ 50 mil e será acompanhado por um curador de arte ao longo de um ano. As peças dos premiados também formarão uma exposição itinerante, que passará por cinco capitais brasileiras em 2020. Considerada a mais relevante premiação das artes visuais brasileiras, o Prêmio Marcantonio Vilaça recebeu, nesta edição, 687 inscrições de 24 Estados e do Distrito Federal.

Em discurso na cerimônia, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu que a arte, a ciência e a inovação ajudam o país a crescer: "Eu acho que o Prêmio Marcantonio Vilaça talvez seja o único, no Brasil, que valoriza os artistas em início de carreira. Hoje temos muitos premiados em edições anteriores com obras expostas no exterior. A arte e a educação estão relacionadas ao desenvolvimento da indústria e da sociedade", disse. 

Um dos premiados, Dalton Paula, nasceu em Brasília mas ainda na infância foi morar em Goiânia. Assim que recebeu o prêmio, no discurso de agradecimento, contou o que pretende fazer com o dinheiro: "Este prêmio vai se transformar em tijolo para a construção de uma nova escola em Goiânia". A ideia dele é montar uma escola que ofereça diversas oportunidades de atividades para crianças, como capoeira, artes plástica. 

A partir desta sexta-feira (13), as obras dos 30 finalistas estão em uma exposição inédita no MAB FAAP, com entrada gratuita. Veja ao final da reportagem os dias e horários de visitações. 

ARTE FEMININA - Segundo o curador do Prêmio, Marcus Lontra, a seleção focou na diversidade cultural brasileira, selecionando artistas de gerações distantes, com trajetórias diferentes, indo de nomes consagrados a emergentes. Nesta edição, a proposta da curadoria foi trazer à luz o protagonismo feminino em todas as instâncias, incluindo a do júri.

“A presença feminina é enorme na arte brasileira e pode ser percebida com muita clareza, especialmente na passagem do moderno para o contemporâneo; porém, nem sempre há o reconhecimento devido. Como o prêmio tem abrangência nacional, deve refletir, dentro do possível, as características da produção artística brasileira”, comenta.

PROJETO ARTE E INDÚSTRIA – Paralelamente a exposição dos finalistas, serão exibidas obras de mais 11 artistas do Projeto Arte e Indústria, que nesta edição presta homenagem a Anna Bella Geiger e reúne nomes como Brígida Baltar, Carlos Mélo, Cristina Canale, Frida Baranek, Karin Lambrecht, Leda Catunda, Nelly Gutmacher, Paola Junqueira, Rosângela Rennó e Walmor Correa.

A iniciativa já homenageou Abraham Palatnik, Amélia Toledo e Sérvulo Esmeraldo. Desta vez, irá celebrar a obra da pintora, gravadora, escultora e desenhista carioca Anna Bella Geiger. A homenageada é uma das grandes expoentes da primeira geração de artistas conceituais latino-americanos e uma das artistas mais importantes do Brasil no século 20. 

"É muito bom receber este reconhecimento. E o prêmio Marcantonio Vilaça é uma grande contribuição para as artes no Brasil. Principalmente pela continuidade que ele oferece. Há anos ele apoio artistas e oferece oportunidades", disse Geiger.

Os 30 finalistas foram escolhidos por um grupo de jurados liderado por Marcus Lontra. A banca avaliadora foi composta por Daniela Bousso, historiadora, crítica de arte e curadora; Denise Mattar, curadora de mostras sobre os modernistas Aldo Bonadei, Alfredo Volpi e Cândido Portinari; Fabio Szwarcwald, diretor do Parque Lage; Moacir dos Anjos, pesquisador de arte contemporânea e curador do pavilhão brasileiro na 54ª Bienal de Veneza; e Paulo Herkenhoff, primeiro diretor cultural do Museu de Arte do Rio (MAR), curador-chefe do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ) e curador-adjunto no departamento de pintura e escultura do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA).

O PRÊMIO - A premiação é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), do Serviço Social da Indústria (SESI) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), que busca incentivar a produção e a exibição da arte contemporânea no Brasil. Ao longo de quinze anos, agraciou mais de trinta artistas de todas as regiões do país.

Neste ano, teve o nome mudado (era chamado Prêmio Marcantonio Vilaça Para as Artes Plásticas) para dar destaque à indústria nacional, que viabiliza a realização do projeto. É uma ferramenta de apoio à difusão e à articulação da produção artística brasileira em toda a sua força e variedade expressiva.

PROGRAMA EDUCATIVO – A partir das experiências dos projetos educativos do MAB FAAP e do Prêmio, o programa abrange atendimento a grupos escolares, formação de professores e oficinas para todos os públicos. A formação de professores prevê grupos do SESI, a partir do Programa ACESSE (Arte Contemporânea e Educação em Sinergia no SESI) e grupos da Secretaria Municipal de Educação (SME) em parceria vigente com o MAB FAAP. 

Partindo dos eixos Arte, Inovação e Trabalho, o programa utiliza a arte contemporânea para apoiar o trabalho interdisciplinar dos professores do Ensino Médio e promover inovação pedagógica nas escolas da rede SESI. As exposições do Prêmio e um material exclusivo para professores integram esta proposta. 

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