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CNI

Declaração conjunta de empregadores e trabalhadores aponta prioridades para a solução de desafios globais

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 26 de julho de 2024

B20 e L20, fóruns empresarial e de interesse do trabalhador, apresentaram ao G20 documento com foco em crescimento econômico, transição ecológica e transformação digital inclusiva


Representantes do Business 20 (B20), fórum empresarial do G20, e do L20, grupo que representa os interesses dos trabalhadores, entregaram aos líderes do grupo das maiores economias do mundo uma declaração conjunta com temas essenciais para o futuro do trabalho e a sustentabilidade global. A entrega foi em Fortaleza (CE), nesta quinta-feira (25), paralelamente à Cúpula do L20 e à Reunião de Ministros do Trabalho do G20. 

O documento defende que os líderes do G20 se comprometam com políticas que promovam o emprego pleno e produtivo, e o trabalho decente para todos, visando à inclusão socioeconômica e à eliminação da pobreza. O objetivo é encontrar um terreno comum entre empregadores e trabalhadores, que formam parceria importante para enfrentar desafios globais como as mudanças climáticas e a transição digital. 

Os líderes do B20 e do L20 destacaram, ainda, a importância de equipar a força de trabalho com as habilidades necessárias para prosperar em um ambiente em constante mudança, impulsionado por avanços tecnológicos como a inteligência artificial e a digitalização. A declaração conjunta ressalta a necessidade de implementar políticas que incentivem o aprimoramento profissional (upskilling) e a requalificação (reskilling), com foco em competências digitais e práticas sustentáveis. 

Apoio financeiro e acesso a crédito para micro, pequenas e médias empresas 

A declaração conjunta também solicita apoio financeiro mais robusto e acesso facilitado a crédito para micro, pequenas e médias empresas, fundamentais para a criação de empregos formais. A medida visa acelerar a adoção de tecnologias digitais e práticas sustentáveis, contribuindo para uma transição mais justa e inclusiva. 


“A natureza do trabalho está mudando rapidamente. Avanços tecnológicos estão remodelando as indústrias. As mudanças climáticas também impactam as economias e sociedades em todo o mundo, exigindo um esforço conjunto para a transição para um futuro mais verde e sustentável”, afirma o líder da força-tarefa de Emprego e Educação do B20 e membro do Conselho da Suzano, Walter Schalka.  


“Novas oportunidades são criadas, mas também trazem o risco de tornar muitos empregos e habilidades obsoletas. É essencial equipar nossa força de trabalho com as habilidades necessárias para prosperar. Melhorar a qualidade da educação, promover a reciclagem e o aprimoramento de habilidades, e fomentar o aprendizado ao longo da vida são passos importantes”, completa Schalka. 

Sociedade sem oportunidades de emprego são insustentáveis para o planeta 

Para o secretário-geral da Organização Internacional dos Empregadores (OIE), Roberto Suarez, não há nada mais insustentável do que uma sociedade sem oportunidades de emprego adequadas. “A agenda e o programa da transição justa não podem ficar para trás nas discussões da COP. Precisamos de parceiros sociais e ministros do trabalho mais envolvidos”, afirma. 

A declaração conjunta B20-L20 está em alinhamento com a Declaração do Centenário da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para o Futuro do Trabalho e reforça a importância de uma ação coordenada entre governos, empregadores e trabalhadores. O documento na íntegra pode ser acessado aqui.

Sobre o B20 Brasil 

Coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o B20 é o principal fórum do setor privado e conecta a comunidade empresarial aos governos do G20, mobilizando quase mil representantes dos países membros. Uma das forças-tarefas do grupo é a de Emprego & Educação, liderada pelo chair Walter Shalka. 

Sobre o L20 

O L20 representa os interesses dos trabalhadores e reúne representantes dos sindicatos dos países do G20 e das federações sindicais internacionais, com coordenação da Confederação Sindical Internacional (CSI) e do Comitê Consultivo Sindical (TUAC-CSC) da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). 

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