O êxito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) também depende da eficiência da gestão. "Todos os caminhos que levam às obras do PAC passam pela gestão", afirma o diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antônio Pagot. Ele participou no dia 13 de novembro, da reunião do Conselho Temático de Infra-Estrutura (Coinfra) da Confederação Nacional da Indústria (CNI). No encontro com os empresários, Pagot disse que a eficiência da gestão do órgão exige, entre outros pontos, investimentos e recomposição do quadro de servidores. Nessa entrevista à Agência CNI, ele relata os desafios do DNIT.
Pagot: “Precisamos de engenheiros, de técnicos e de pessoas que trabalhem na área de tecnologia da informação"
Quais os principais desafios que o DNIT enfrenta na área de gestão?
Luiz Antônio Pagot - Durante muitos anos, o DNIT não recebeu investimentos consistentes, e, hoje, nós temos deficiências na área de pessoal. Precisamos de engenheiros, de técnicos e de pessoas que trabalhem na área de tecnologia da informação. Além disso, temos que dar os meios adequados para essas pessoas trabalharem com eficiência na sede do órgão e nas 22 unidades regionais. É fundamental que as superintendências regionais tenham pessoal, equipamentos e organização necessários para acompanhar e executar o PAC. Trata-se de um programa de obras consistente, que reduzirá as desigualdades regionais, abrirá oportunidades de trabalho para muitas pessoas, aumentará a integração nacional e ajudará a melhorar a competitividade do setor industrial brasileiro.
O senhor disse aos empresários do Coinfra que o DNIT pretende criar novas unidades. Onde devem ser instaladas essas unidades?
Pagot - É preciso criar unidades no Distrito Federal, no Amapá, em Roraima e no Acre para que o DNIT tenha mais agilidade nos processo de fiscalização, de decisão e, principalmente, para nos auxiliar nas tarefas do dia-a-dia. O DNIT tem mais de 2.200 obras que precisam ser planejadas e fiscalizadas.
Na reunião, o senhor também destacou a importância da competitividade dos transportes. Como alcançar essa competitividade?
Pagot - O PAC tem a visão da multimodalidade. Mas isso precisa ser ampliado, principalmente com a integração dos diversos modais e tecnologias que dêem maior eficiência e reduzam os custos dos transportes. Temos regiões favorecidas pelas condições de solo e de produção, que ficam muito distantes dos portos e dos centros consumidores. Precisamos oferecer transportes de baixo custo para que os produtos dessas regiões sejam competitivos.
Foto: Miguel Ângelo - CNI