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CNI

É essencial trabalharmos com o Congresso por investimentos em inovação, diz Robson Andrade

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 06 de novembro de 2019

CNI realizou reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, afirmou nesta terça-feira (5) que a realização de reunião conjunta da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) com a Frente Parlamentar Mista de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação evidencia uma união de forças em favor da inovação. Durante a abertura do encontro, realizado na sede da CNI, em Brasília, o dirigente destacou que a ação conjunta tem o potencial de estimular a estratégia inovadora das empresas brasileiras e de ampliar a efetividade das políticas de apoio à inovação, por meio da interlocução entre os setores público e privado.

O encontro teve a presença dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia; do Senado, Davi Alcolumbre; da Frente Parlamentar, Izalci Lucas; da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, Vanderlan Cardoso; do vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira; do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes; do secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa; entre outras autoridades dos poderes Legislativo e Executivo, além de empresários de diferentes setores da indústria.

“A MEI procura fazer com que as empresas brasileiras tenham como estratégia de desenvolvimento a inovação. Discutimos os principais programas do setor, levamos ao governo ações a serem tomadas e ao Congresso Nacional os projetos que podem melhorar o ambiente de negócios do Brasil”, destacou o presidente da CNI.

Robson Andrade ressaltou a importância da parceria do setor produtivo com o poder público. “É essencial trabalharmos juntos para pavimentar um futuro com investimentos robustos e contínuos, a fim de termos condições de acompanhar as mudanças tecnológicas e disruptivas que exigem capacidade de resposta rápida do setor produtivo”, disse. “Dessa forma, garantiremos o posicionamento competitivo do Brasil frente às maiores economias do mundo, com mais e melhores empregos, com ganhos de produtividade e aumento da qualidade de vida da população”, acrescentou.

O presidente da CNI observou que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) fez elevados investimentos em laboratórios de tecnologia de última geração para colaborar com a inovação na indústria e para o desenvolvimento de processos tecnológicos. Ele mencionou que o SENAI e o Serviço Social da Indústria (SESI) mantêm escolas que são referência na preparação de trabalhadores para a indústria do futuro.

LEGISLATIVO – Ao lado de dezenas de parlamentares, Davi Alcolumbre elogiou a capacidade de articulação do setor industrial e do presidente da CNI de “congregar líderes nacionais que buscam o desenvolvimento dessa nação”. “Só o setor empresarial tem condições de fazer a transformação que o Brasil precisa. O Parlamento está fazendo a sua parte, criando condições e olhando um horizonte para o Brasil que seja mais moderno”, disse o presidente do Senado.

Já Rodrigo Maia pontuou que o país precisa criar condições para investir em inovação rapidamente sob pena de não ser competitivo no cenário internacional. “Precisamos investir em tecnologia e criar caminhos para que o Brasil faça parte dessa revolução tecnológica e não fique para trás, como estamos em relação a Europa e Estados Unidos. Isso é fundamental para que o país quer ser daqui a 10, 20 ou 30 anos”, afirmou o presidente da Câmara.

Para o senador Izalci Lucas, a MEI tem sido um fórum de fundamental importância para a interlocução entre o setor empresarial e o Poder Legislativo no que diz respeito à agenda de ciência, tecnologia e inovação. “Tive a oportunidade de participar de duas reuniões da MEI, em São Paulo. Temos acompanhado o que é discutido para alavancar esta agenda. O grande desafio nosso sempre foi essa aproximação com o setor empresarial e a academia”, disse. “Agora, o desafio é conseguir recursos para ciência, tecnologia e inovação, que é fator essencial para o desenvolvimento econômico do país”, completou.

EXECUTIVO – Em seu discurso, o ministro Marcos Pontes pontuou que o Brasil tem enorme capacidade de inovação, mas que precisa de ações conjuntas para desenvolver essa agenda. Uma das contribuições fundamentais, conforme observou, é o trabalho do SENAI e do SESI no sentido de qualificar jovens profissionais para a indústria. “A nossa missão é produzir conhecimento, riquezas para o país e contribuir com a qualidade de vida dos brasileiros.”

O secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, também fez questão de ressaltar a parceria com o setor industrial em agendas importantes para a economia brasileira. Segundo ele, a CNI tem “cada vez mais construído agendas convergentes com o governo”. “É realmente um encontro de altíssimo nível. Precisamos fazer outras vezes”, enfatizou.

Segundo Carlos da Costa, o governo tem trabalhado com cinco pilares imprescindíveis para aumentar a produtividade: melhora do ambiente de negócios; aumento da concorrência; incentivo à criatividade; qualificação da mão de obra; e desenvolvimento de políticas públicas eficazes.

PARCERIA COM A ABDI – No fim da reunião da MEI, o presidente da CNI assinou um protocolo de intenções com o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Calvet, voltado para impulsionar a agenda de inovação em pequenas, médias e grandes empresas. O objetivo da parceria entre CNI e ABDI é executar projetos nas áreas de inovação, digitalização de processos produtivos e internacionalização de empresas. Os projetos devem beneficiar 3 mil empresas.

INDICADORES DA MEI – O presidente do Conselho Administrativo da Klabin e líder da MEI, Horário Piva, apresentou aos parlamentares as principais agendas e objetivos da MEI, e destacou o tamanho da urgência de o país definir uma estratégia de inovação de longo prazo. “Hoje, o Brasil investe apenas 1,27% do PIB em inovação. Para sermos competitivos, é necessário alcançar no mínimo 2% do PIB. Precisamos estar juntos para que a ciência, tecnologia e inovação se torne tema prioritário para o nosso país”, frisou.

Piva apresentou dados de levantamento da CNI feito com base em dados do IBGE, segundo o qual as empresas que participam da MEI investem 46,3% a mais em pesquisa e desenvolvimento (P&D) do que a média nacional. De acordo com os dados, as empresas ligadas a MEI aportam 1,13% da sua receita líquida de vendas em P&D, enquanto a média nacional de investimentos é de 0,77% da receita líquida própria de vendas em P&D.

SOBRE A MEI – A Mobilização Empresarial pela Inovação é coordenada pela CNI e reúne cerca de 300 das maiores empresas que atuam no país. É o maior fórum de interlocução entre o governo federal e a iniciativa privada. O grupo reúne empresas que têm se diferenciado no mercado nacional e internacional, e se tornado mais competitivas.

Os líderes da MEI se reúnem a cada três meses em encontros com a presença de representantes do poder público e da academia, nos quais são discutidos e definidos caminhos para potencializar a inovação no setor empresarial brasileiro, e também avaliadas as ações já em curso de estímulo à agenda no país.

Entre as iniciativas da MEI destacam-se diagnósticos e estudos, colaboração com políticas do governo, apoio para empresários inovarem e imersões para ecossistemas de inovação no Brasil e no exterior em grupos que reúnem integrantes de empresas, governo, agências de fomento e universidades.

SOBRE A FRENTE PARLAMENTAR – Presidida pelo senador Izalci Lucas, a Frente Parlamentar Mista de Ciência, Tecnologia, Pesquisa e Inovação é constituída por 208 parlamentares, sendo 165 deputados e 43 senadores, e tem participação de instituições da área, entidades acadêmicas e de representantes do setor empresarial de diversos segmentos. A Frente tem como principal missão defender os interesses do país por meio de investimentos, promoção e discussão da ciência, tecnologia e inovação.

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