A economia circular, que prevê o uso mais racional dos recursos naturais com redução de desperdícios, é um modelo que, na União Europeia, já reduz custos com materiais em até US$ 630 bilhões por ano. De olho nessas oportunidades, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) mobiliza indústrias para alavancar esse novo modelo econômico no Brasil e, no próximo dia 24 de setembro, realiza em São Paulo o Encontro Economia Circular e a Indústria do Futuro. No evento, especialistas brasileiros e estrangeiros debaterão tendências e oportunidades para desenvolver novos negócios e melhoria no ambiente regulatório. O evento conta com o patrocínio do Instituto C&A e apoio da Nespresso e Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep). Inscrição pode ser feita aqui.
Entre os presentes no evento está Lorraine Smith, escritora e especialista em economia regenerativa, que busca promover a transição para economia circular e a saúde do planeta por meio de novos modelos de negócios. Também estão entre os confirmados no encontro a secretária Nacional de Desenvolvimento Regional e Urbano do Ministério do Desenvolvimento Regional, Adriana Melo, o diretor de Transformação Circular do Instituto C&A, Douwe Joustra, o CEO da Signify no Brasil, Sergio Baptista, e o superintendente de Financiamento de Projetos do Banco Santander, Jorge Ball.
LOGÍSTICA REVERSA – Um exemplo de empresa que caminha a passos largos na agenda de economia circular é a Nespresso. Ela investe no Brasil mais de R$ 5 milhões por ano em reciclagem de cápsulas de alumínio. Cada país onde a Nespresso atua desenvolve uma solução de acordo com a infraestrutura local. No Brasil, a marca iniciou a reciclagem em 2011, com um sistema próprio de separação do alumínio e da borra de café.
O Centro de Reciclagem Nespresso, na região metropolitana de São Paulo, é o grande foco do investimento e recebe atualmente 22% das cápsulas comercializados pela marca. A companhia também investe em delivery verde com entregas de bicicleta nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro para clientes da linha doméstica. Nessas cidades, carros elétricos possibilitam aos clientes da linha Nespresso Professional entregarem suas cápsulas para reciclagem.
A empresa realiza ainda ações de engajamento com o consumidor para aumentar a taxa efetiva de reciclagem. O processo de reciclagem de alumínio libera somente 5% das emissões de gás de efeito estufa do processo de produção do alumínio primário.
Segundo Cláudia Leite, gerente de Criação de Valor Compartilhado e Comunicação Corporativa da Nespresso no Brasil, a economia circular é parte do compromisso da empresa com a sustentabilidade e, no caso da reciclagem, uma das vertentes da economia circular, é uma responsabilidade que deve ser compartilhada entre empresas e consumidores. “Por isso, sempre engajamos nossos consumidores a entregarem suas cápsulas de café usadas em um dos nossos mais de cem pontos de coleta”, destaca Cláudia.
Os interessados em conhecer o Centro de Reciclagem Nespresso, podem participar de visitas guiadas, se inscrevendo pelo site. Desde a abertura para visitação pública, o local já recebeu mais de mil visitantes. Quem não está em São Paulo, pode acessar o tour virtual.