Quatro estudantes do primeiro ano de engenharia mecatrônica da Faculdade de Informática e Administração Paulista (FIAP) foram premiados com a participação na 20ª edição do Programa de Imersões em Ecossistemas de Inovação da Confederação Nacional da Indústria (CNI) por terem criado uma espécie de crachá inteligente para melhorar a experiência de participantes desse programa durante visitas a institutos e centros de pesquisa.
Os universitários Gustavo Rodrigues Araújo, 19 anos, Jim Nakamura, 18 anos, Caleb Marins Félix Bispo, 18 anos, e Thiago Sayeg Marques, 19 anos, desenvolveram um equipamento, com uma tela de kindle, para que participantes das imersões possam não apenas ter uma interação melhor entre si, mas também armazenar dados e apresentações realizadas durante as visitas.
O desafio foi lançado aos estudantes em abril deste ano pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL). A proposta foi que os alunos da FIAP criassem uma solução para melhorar a experiência dos participantes das imersões, utilizando inteligência artificial na captação e no processamento de dados. Em cada edição, os participantes acessam uma infinidade de informações que acabam não sendo registradas, organizadas e melhor utilizadas.
“Desenvolvemos um crachá inteligente e buscamos atender a características como sustentabilidade, portabilidade e conectividade entre pessoas da imersão. Usamos telas com a mesma tecnologia das utilizadas no kindle para poupar bateria”, explicou Gustavo.
DESENVOLVIMENTO ACADÊMICO - Como reconhecimento, os estudantes participaram das visitas realizadas pelo programa de imersões da CNI em Campinas (SP). Eles conheceram o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), uma unidade voltada para a área de comunicações avançadas, e o instituto Eldorado – um centro de pesquisa, desenvolvimento e inovação historicamente dedicado à tecnologia da informação e à área de telecomunicações.
No período da tarde, os estudantes conheceram a Baita Aceleradora, que conta com um programa de aceleração com duração de seis meses focado em startups de base tecnológica.
“Participar do desafio nos permitiu um desenvolvimento acadêmico imenso. Fomos incentivados a ser autodidatas e a buscar uma solução para um problema real”, disse Gustavo. “E a oportunidade de participar da imersão foi fenomenal. Pudemos conhecer como as empresas trabalham com a tecnologia”, afirmou.
Coordenadora do Programa de Imersões em Ecossistemas de Inovação da CNI, Cândida Oliveira explicou que a iniciativa de lançar um desafio acadêmico vai ao encontro da agenda Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI). Em sua frente de recursos humanos, a MEI busca incentivar a melhor preparação da força de trabalho, a partir de atividades práticas e em sintonia com as demandas do mercado.
“É gratificante oferecer esse tipo de experiência à juventude, que precisa de boas referências. Muitos dos participantes das imersões só têm contato com tecnologias disruptivas e métodos de gestão da inovação em estágio mais avançado das carreiras. Quanto mais jovens compreenderem a relevância de negócios de base tecnológica e aprenderem sobre como fazer inovação, melhor para o país. A FIAP, nossa parceira, merece também o reconhecimento pela adoção de um método de ensino tão inovador”, finalizou.
PROGRAMA DE IMERSÕES – O programa de imersões foi uma iniciativa lançada pela Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) em 2016 com o objetivo de oferecer a empresários oportunidades exclusivas de acesso ao que há de mais avançado em tecnologia, infraestrutura para pesquisa e desenvolvimento e modelos de negócio e gestão. As imersões são realizadas em parceria com grandes institutos de pesquisa e empresas inovadoras dentro e fora do Brasil.
Desde o lançamento, o programa realizou 20 edições, tanto no exterior (Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Holanda, Israel, Itália, Suíça e China) quanto no Brasil. Ao todo, 550 executivos participaram do programa, representando mais de 200 organizações.