Os Indicadores Industriais revelam que o faturamento real da indústria sofreu uma desaceleração em fevereiro. O aumento de 0,2% em relação a janeiro é baixo na comparação da alta de 2,3% registrada de dezembro para janeiro. Apesar da desaceleração, em relação ao mesmo mês de 2019, o índice de crescimento em fevereiro foi de 0,9%.
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) também registrou alta de 1,2 ponto percentual em relação a fevereiro do último ano. Esses foram os únicos índices com variações positivas em relação ao mesmo mês de 2019 na pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Horas trabalhadas, rendimento médio e massa salarial tiveram queda, enquanto o nível de emprego permaneceu estável. Os Indicadores Industriais retratam 21 setores da indústria de transformação.
Apesar do emprego seguir praticamente estável, as horas trabalhadas tiveram queda. Entre janeiro e fevereiro, o emprego industrial não se alterou, considerando a série dessazonalizada. Na comparação com o mesmo mês do último ano, houve um leve recuo 0,1%. Nesse mesmo período, a queda de horas trabalhadas foi de 1,6%. Da mesma forma, a massa salarial paga aos trabalhadores da indústria também caiu. A redução foi de 0,8% usando como base janeiro e 2,2% na comparação com fevereiro de 2019.
Rendimento médio real acumulou maior perda
O rendimento médio real foi o indicador com a maior perda acumulada. O recuo de 0,7% é o quarto resultado negativo consecutivo desse índice, que havia registrado recuo de 0,1% em novembro de 2019, redução de 1,5% em dezembro, e novamente recuo de 0,1% em janeiro de 2020. Na comparação com fevereiro de 2019 a queda foi de 2,1%.
Na contramão dos demais indicadores, a UCI aumentou 0,5 ponto percentual em fevereiro de 2020, alcançando 78,7%, sem considerar os efeitos sazonais. Foi a segunda alta consecutiva nesse dado. A UCI de fevereiro é 1,2 ponto percentual superior à registrada no mesmo mês de 2019.
SAIBA MAIS - Acesse a página de Estatísticas da CNI e veja os detalhes da pesquisa.