Nesta quarta-feira, 12, a FIEP foi espaço para a apresentação do Plano de Ação Territorial, um documento para o crescimento de empresas de panificação e confeitaria, um dos segmentos priorizados pelo Programa de Desenvolvimento Territorial, o Prodeter, criado pelo Banco do Nordeste. Além de Campina Grande, as cidades de Alagoa Nova, Areia, Areial, Boqueirão, Esperança, Lagoa Seca, Pocinhos, Queimadas, Remígio, São Sebastião de Lagoa de Roça, Serra Branca, Soledade e Sumé também serão beneficiadas pelo projeto.
Essa iniciativa para o crescimento do setor de panificação e confeitaria será assistida por um grupo de gestão composto por membros representantes do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria de Campina Grande e Região, da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba, da Associação dos Panificadores do Estado da Paraíba, do SEBRAE e do Banco do Nordeste do Brasil - BNB.
O Plano de Ação Territorial é um documento dividido em três pilares: o estudo de problemáticas, apresentar metas e executar ações. No primeiro estágio, apresenta as demandas e os principais dilemas do setor de panificação em Campina Grande e região. Com o documento, empresários da panificação, parceiros e fornecedores, podem identificar o potencial de crescimento do setor industrial, entender como possíveis impasses impactam nos negócios e traçar metas e ações para o desenvolvimento das empresas. Com a execução do plano de ação e o mapeamento das áreas que precisam de aperfeiçoamento, os empresários também serão beneficiados com a geração de cursos, capacitações e demais ações para entender como atuar nos próximos anos com novas tecnologias e inovações no processo de produção e elaborar planos de marketing para as vendas de seus produtos.
O agente de desenvolvimento do Banco do Nordeste, João Vicente de Melo, afirma que existem inicialmente sete elos para avançar no panificação de Campina Grande, mas sua execução é dinâmica: "Encontramos sete gargalos principais que podemos atuar através dessa parceria: os insumos, a produção, a sustentabilidade ambiental, a sustentabilidade social, a governança e o capital social, o beneficiamento, a comercialização e o financiamento. Inicialmente delimitamos ações dinâmicas para cada tópico que a cada reunião com o setor analisaremos quais já foram desenvolvidas e alcançadas e quais precisam surgir para o progresso da indústria”, afirma o agente de desenvolvimento.
O Plano de Ação Territorial para as indústrias de panificação e confeitaria possui como meta principal aumentar em 10% o valor do faturamento global das empresas no setor no período de dois anos. “Nossa missão é gerar o avanço do setor industrial de panificação de Campina Grande, esse plano de ação tem como sequência aumentar renda, a produtividade e a participação das empresas paraibanas e a sequência positiva”, afirma Afonso Melo, presidente do SINDIPAN - CG e presidente da ASPANEP.
Além da apresentação da proposta, o debate com a presença de empresários e gestores do ramo, mediado por membros do SINDIPAN-CG, FIEP, BNB e SEBRAE, reforçou a necessidade da qualificação, habilitação e formalização de profissionais que trabalham na área de panificação local, além da certificação de indústrias de panificação fornecendo uma maior credibilidade da empresa. Daniele Tavares, gerente corporativa da FIEP aponta a importância de criar valor em capacitar o profissional para exercer funções na indústria.
"Temos que trabalhar no trabalhador o mindset para a inserção na indústria e não ir para a informalidade, podemos construir caminhos na área da panificação para profissionais e mão de obra qualificada que queiram ficar na indústria. Então através do SESI, do SENAI e do plano de ação apresentado diagnosticar como iremos atuar para o avanço desse segmento de indústria seja com consultorias oferecidas pelo SESI ou implementação de cursos e fábricas-escolas por meio do SENAI”, aponta Daniele Tavares.
Com o lançamento do programa, a meta do Banco do Nordeste é investir 4 milhões de reais até o fim do ano para Campina Grande e macro região na indústria de panificação e confeitaria. “Nosso plano de ação é uma contribuição de união e parceria para a cadeia produtiva de panificação com o objetivo de avançar e fortalecer todo o setor de panificação, desde fornecedores, a mão de obra e empresários. Temos uma meta de investir 4 milhões de reais até dezembro de 2023 que está disponível ao setor de panificação como crédito integrado e orientado”, afirma José Vicente de Melo.
Texto/Colaboração | Laura Almeida