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Fim do ano à vista: como ficam as contas? O NAC Responde!

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 23 de outubro de 2024

Este período é marcado por despesas extras como férias, 13º salário, participação nos lucros e confraternizações. Veja como não se endividar nessa época e cumprir com todas as obrigações fiscais


Falta pouco mais de dois meses para encerrarmos 2024 e entrarmos em 2025 e, para os empresários, este é o momento de começar a organizar as finanças para as contas do fim do ano e para os investimentos no ano seguinte. Férias, 13° salário, bônus e participação de lucros, encargos, impostos e despesas com confraternizações são algumas das despesas comuns neste período. Para te ajudar a organizar essas demandas, o NAC Responde deste mês dá dicas de como se preparar para as contas do fim do ano.

 

“Existem riscos externos, que não estão o nosso sob controle, mas também existem riscos calculados. O controle financeiro ajuda a empresa ter uma visão clara sobre a saúde financeira que, em conjunto com a projeção da receita, fornece dados para tomada de decisões seguras e preparadas para fechar o ano de forma mais equilibrada possível”, disse Lucas Almeida, especialista do NAC de Juazeiro (BA).

Lucas explica ainda que esse período de encerramento do ano pode trazer desafios adicionais, como aumento de despesas, pagamento de tributos e sazonalidade nas vendas, mas com planejamento, é possível minimizar os impactos e manter a saúde financeira da empresa.

Confira, a seguir, as dicas do especialista na Agência de Notícias da Indústria:

Por onde as empresas devem começar a se planejar para o encerramento do ano?

A melhor maneira para se planejar para fechar o ano no positivo, é utilizar métodos de planejamento e práticas que ajudam ao gerenciamento e controle do negócio. Tanto o operacional quanto o estratégico deve estar em perfeita sintonia para que ambos não saiam de controle.

A gestão do fluxo de caixa é o primeiro item da lista, pois um bom fluxo de caixa, mantém a gestão do negócio em dia, seja prevendo os picos de sazonalidade, despesas, programação e liquidez da organização.

Em seguida, domínio de estoque, considerado um ativo da empresa, pois representa um investimento financeiro. O controle de mercadorias, matérias primas utilizadas na produção e de produtos vendidos é de suma importância pois a pouca rotatividade de estoques, o excesso de mercadorias ou produtos obsoletos armazenados, representam recursos financeiros parados que podem fazer falta no dia a dia e levar a empresa a dificuldade financeira.

Além desses, o controle tributário, fazendo a administração correta de acordo com o regime de tributação que a empresa deve seguir e, por fim, com base no faturamento do ano anterior, e no ano atual, projetar as vendas com base no cenário. Para isso é necessário efetuar o levantamento da informação do histórico de vendas do ano anterior com o ano atual, e projetar para o ano seguinte. Estes pontos devem ser analisados conforme os cenários para que sejam balizadores para tomada de decisão.

Como as empresas podem otimizar os fluxos de caixa para o fim do ano?

Adotando estratégias para ajudar a equilibrar as receitas e despesas, garantindo o capital suficiente para enfrentar os desafios que virão a surgir, como: projeção financeira de acordo com a realidade; reserva de emergência; se possível, antecipação de fornecedores (mediante condições de pagamento atraentes); gestão de contas a pagar e contas a receber; saber quando usar o crédito pessoal ou de terceiros; promoções ou ação de vendas; acompanhamento de indicadores e feedbacks constantes e contínuos para colaboradores e fornecedores.

Implementando tais ações, as empresas podem otimizar a gestão financeira da organização de forma assertiva. São estratégias simples, mas que no final do calendário anual, fazem toda a diferença na saúde financeira da empresa.

Quais estratégias podem ser adotadas para reduzir custos e aumentar a eficiência financeira?

  • Automatizar os processos, reduzindo o tempo gasto com atividades manuais;
  • Revisar contratos com fornecedores;
  • Gestão de estoque eficiente;
  • Cortar despesas não essenciais;
  • Otimizar a força de trabalho por meio de ajustes de quadro de funcionários;
  • Tributação adequada para sua atividade;
  • Acompanhar indicadores em tempo real e constante;
  • Fazer negociações estratégicas de pagamento e recebimento, com o foco na rotatividade de produtos.

Quais ferramentas/mecanismos podem auxiliar na gestão financeira neste período crítico?

Existem algumas ferramentas e mecanismos que estão disponíveis para otimizar, melhorar a previsibilidade de receitas e despesas e garantir que a empresa encerre o ano no positivo. Algumas delas são: software de gestão financeira; ferramentas de controle de fluxo de caixa; sistema de faturamento e cobrança automatizada; sistema de previsão financeira; ferramentas de análise de desempenho financeiro; sistema de gestão de estoques; plataformas de gestão de dívidas e financiamento; sistemas de gestão de despesas e reembolsos; e ferramentas de análise de crédito e risco.

São ferramentas que ajudam a organizar as finanças, monitorar o desempenho e otimizar o fluxo de caixa, aspectos cruciais para enfrentar as despesas de fim de ano.

Como lidar com obrigações contábeis e fiscais de fim de ano?

É uma tarefa crítica para as empresas pois envolve o cumprimento de prazos, a organização contábil e o planejamento tributário. O não cumprimento dessas obrigações pode resultar em multas, juros e problemas com órgãos reguladores.

As empresas devem adotar estratégias específicas que garantam a conformidade e otimizem sua carga tributária. Planejamento tributário, organização dos documentos e escrituração contábil, apuração e normalização de impostos, revisão de regime tributário, acompanhamento de legislação e mudanças fiscais e softwares de gestão são algumas das boas práticas para cumprir com essas obrigações fiscais.

Vale a pena solicitar crédito neste período?

O valer a pena ou não, vai de acordo com o estado de saúde financeira que a empresa se encontra. O que não vale a pena é pensar que obter um financiamento em determinada instituição financeira vai salvar o negócio. A saúde financeira de uma organização vai além do capital, muitas vezes são pequenos métodos que estão impactando o todo, e mudar isso pode ser simples, para quem tem uma visão apurada de todo o processo.

O crédito não pode ser visto como último ponto a ser debatido, pois se deixarmos essa janela do crédito para trás, a empresa pode não ter mais condições de assumir aquele compromisso porque estará endividada para se submeter a novas análises de crédito por instituições financeiras.

Antecipar-se e atuar em todo o processo de gestão financeira é uma excelente prática para manter a saúde da empresa.

Tem dúvidas? O NAC Responde!

Todo mês, o NAC Responde, produzido pela Agência de Notícias da Indústria, responde as dúvidas mais frequentes de empresários e gestores na hora de buscar crédito para os negócios.


“Por meio das orientações, o NAC facilita o acesso ao crédito de micros, pequenas e médias empresas industriais. O crédito é essencial para o funcionamento das empresas, seja para viabilizar novos investimentos ou para atender às necessidades rotineiras de caixa”, pontua o gerente de Política Econômica da CNI, Fábio Guerra.


Desde 2015, o NAC, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), assessora MPEs industriais sobre as linhas de crédito disponíveis no mercado, dando suporte com informações sobre documentação, taxas de juros, garantias, número de parcelas, itens financiáveis, entre outras.

Saiba mais pelo site do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC) ou entre em contato com a federação das indústrias do seu estado.

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