A atividade da indústria brasileira continuou a se recuperar no mês de abril, conforme mostram os Indicadores Industriais divulgados ontem, 4 de junho, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). As horas trabalhadas na produção – variável mais diretamente associada à produção industrial – cresceram pelo terceiro mês consecutivo. A alta foi de 0,8% em abril na comparação com março na série livre de influências sazonais.

A utilização da capacidade instalada também se expandiu. Seguindo o maior dinamismo da atividade industrial, o indicador alcançou 82,6% em abril, ante 82,1% em março e 79,9% em abril do ano passado, na série sem influências sazonais.

O aumento da produção trouxe bons resultados ao mercado de trabalho. Na série com ajuste sazonal, o nível de emprego na indústria cresceu 0,5% em abril, em comparação a março, acumulando 17 meses de variação positiva. O indicador acumula alta de 3,4% desde janeiro, na comparação com os quatro primeiros meses de 2006.

Para os técnicos da CNI, a "nota destoante" foi a queda das vendas reais da indústria, causada principalmente pela valorização de 2,7% do real frente ao dólar em abril, que prejudicou o faturamento das empresas exportadoras. Depois de dois meses seguidos de expansão, as vendas industriais declinaram 0,9% em abril na comparação com março, na série livre de influências sazonais.

Nas outras bases de comparação, as vendas industriais continuaram registrando crescimento. Em relação a abril de 2006, a expansão foi de 6,6% e se deu em 18 dos 19 setores que compõem a pesquisa. No resultado acumulado dos quatro primeiros meses do ano, o crescimento das vendas foi de 4,8%.