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Índice de Inovação dos Estados 2025: São Paulo lidera pela quinta vez e Nordeste avança no cenário nacional

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 19 de agosto de 2025

Estudo da FIEC, por meio do Observatório da Indústria Ceará, em parceria com a CNI, revela estabilidade na liderança interestadual, avanço do Nordeste no ranking regional e crescimento expressivo do Mato Grosso do Sul nos últimos cinco anos. Esta é a 7ª edição da publicação.


Pelo quinto ano consecutivo, São Paulo figura como o estado mais inovador do Brasil, conforme o Índice de Inovação dos Estados 2025. A nova edição do estudo aponta a liderança paulista em oito dos doze indicadores avaliados, entre eles Investimento e Financiamento Público em Ciência e Tecnologia, Capital Humano (Graduação e Pós-graduação), Competitividade Global, Propriedade Intelectual, Empreendedorismo, Produção Científica e Sustentabilidade Ambiental.

O ranking geral revela ainda a consolidação de Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul nas posições seguintes, reforçando a estabilidade desses três estados no topo da agenda inovadora nacional.

Desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Observatório da Indústria Ceará, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o estudo chega à sua sétima edição, em 2025, como uma ferramenta consolidada para o acompanhamento da inovação no país, contando com a chancela e o apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Sebrae Nacional.

Entre as regiões brasileiras, o Sudeste permanece como o mais inovador, seguido pelo Sul. O destaque desta edição, no entanto, é o Nordeste, que subiu uma posição e ocupa agora o terceiro lugar no ranking regional, superando o Centro-Oeste e o Norte.

O avanço do Nordeste foi impulsionado especialmente pelo bom desempenho em Sustentabilidade Ambiental, área em que a região ocupa o segundo lugar, com destaque para sua capacidade de geração de energia renovável. Na análise estadual, o Mato Grosso do Sul se destacou como o que mais progrediu desde 2021, saltando da 16ª para a 11ª colocação. Esse avanço foi alavancado principalmente pela melhoria da eficiência institucional e pelo crescimento do investimento público em ciência e tecnologia. Sergipe e Acre também registraram crescimento, com aumento de duas posições no ranking geral.

Segundo Guilherme Muchale, gerente do Observatório da Indústria Ceará, a liderança de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul está fortemente relacionada à solidez de suas bases estruturais. “Fatores como infraestrutura desenvolvida, concentração de universidades de excelência, arcabouço institucional robusto, presença de empresas de base tecnológica e elevado número de registros de patentes contribuem diretamente para a performance inovadora dessas unidades da federação”, analisa.

Ainda de acordo com ele, o Índice de Inovação do Estados 2025 oferece um retrato abrangente da evolução da inovação no país, com recorte estadual e regional. “Trata-se de uma ferramenta que pode subsidiar políticas públicas, decisões estratégicas e articulações entre governo, setor produtivo, academia e sociedade civil em prol do desenvolvimento sustentável”, complementa.

O diretor de desenvolvimento industrial, tecnologia e inovação da CNI, Jefferson Gomes, destaca o avanço da região Nordeste no índice.


“Esse é um sinal claro do potencial transformador da região. Estados como Ceará, Piauí, Alagoas e Pernambuco demonstram que, com políticas adequadas e investimentos consistentes, é possível alavancar a inovação mesmo em cenários desafiadores. O desempenho em áreas como sustentabilidade ambiental e capital humano revela vocações regionais que precisam ser fortalecidas”, avalia Jefferson Gomes.


Desempenho por indicador: avanços nas dimensões de Capacidades e Resultados

Na dimensão Capacidades, que avalia as estruturas e recursos disponíveis para fomentar a inovação nos estados, o Mato Grosso do Sul foi destaque em Investimento e Financiamento Público em Ciência e Tecnologia, ao subir 11 posições e alcançar o 8º lugar nacional. Rondônia também apresentou desempenho expressivo nesse indicador, avançando 10 posições e ocupando agora a 17ª colocação.

Em relação à qualificação da força de trabalho, o Rio Grande do Norte subiu cinco posições no indicador Capital Humano – Graduação, alcançando o 9º lugar, enquanto o Distrito Federal subiu quatro posições, chegando à 16ª posição. Já no recorte de Capital Humano – Pós-graduação, que analisa a formação em mestrado e doutorado em áreas tecnológicas, Alagoas teve avanço de cinco posições (19º lugar) e o Tocantins, de três (22º lugar).

No indicador de Inserção de Mestres e Doutores no mercado de trabalho, Goiás se destacou com um salto de oito posições, alcançando o 12º lugar, seguido do Pará, que subiu quatro posições e chegou à 14ª colocação. Em termos institucionais, o Piauí avançou nove posições e ocupa agora a 8ª colocação, enquanto o Acre protagonizou uma das maiores evoluções nesta dimensão, ao subir 13 posições e alcançar o 11º lugar.

A infraestrutura também apresentou avanços importantes. Alagoas subiu 11 posições e agora ocupa a 9ª colocação. Mato Grosso do Sul avançou oito posições (11º lugar), e Goiás também subiu oito posições, alcançando o 14º lugar.

Já na dimensão Resultados, que reflete os impactos efetivos dos esforços inovadores nos estados, o Ceará e Rondônia registraram os maiores avanços no indicador de Competitividade Global, ambos com crescimento de 14 posições, ocupando, respectivamente, o 9º e o 12º lugares. Em Intensidade Tecnológica e Criativa, Rondônia subiu quatro posições (17º lugar), e o Distrito Federal, três (9º lugar).

No campo da Propriedade Intelectual, o Piauí teve crescimento de três posições (21º lugar), enquanto Minas Gerais subiu duas e se consolidou na 3ª colocação. Sergipe e Amapá também evoluíram, ocupando o 16º e o 25º lugares, respectivamente.

A Produção Científica também apresentou avanços relevantes, com o Espírito Santo subindo seis posições e alcançando o 8º lugar, mesmo movimento feito pelo Pará, que agora figura na 9ª colocação. No ambiente de Empreendedorismo, Pernambuco teve uma evolução de 10 posições e ocupa a 17ª colocação. O Ceará subiu nove posições e chegou ao 16º lugar, enquanto o Distrito Federal, também com nove posições conquistadas, ocupa a 4ª colocação nacional.

Por fim, em Sustentabilidade Ambiental, o Piauí subiu oito posições e chegou ao 7º lugar. O Ceará, com cinco posições conquistadas, ocupa agora o 2º lugar, logo atrás de São Paulo, e o Rio de Janeiro avançou para a 5ª colocação, também com crescimento de cinco posições em relação ao ano anterior.

O Índice de Inovação

O Índice de Inovação dos Estados 2025 é um instrumento estratégico desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), por meio do Observatório da Indústria Ceará, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI); e com o apoio da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Sebrae Nacional.

As 27 unidades federativas brasileiras são avaliadas de acordo com seu desempenho inovador. Criado para oferecer um diagnóstico detalhado dos ecossistemas estaduais de inovação, o Índice é uma pesquisa pioneira no Brasil, que mensura tanto os pontos fortes quanto as fragilidades, fornecendo dados essenciais para orientar políticas públicas e iniciativas voltadas ao fortalecimento da inovação em nível estadual e regional.

Sua metodologia está estruturada em duas grandes dimensões: Capacidades - que avalia os recursos, estruturas, investimento público em ciência e tecnologia, capital humano, infraestrutura e instituições - e Resultados - que mensura os efeitos concretos do processo inovador, como produção científica, propriedade intelectual, empreendedorismo e sustentabilidade ambiental. O Índice chega a 2025 na sua sétima edição consecutiva e utiliza 12 indicadores que permitem uma análise quantitativa e comparativa entre estados e regiões, facilitando a identificação de gargalos e oportunidades territoriais.

Serviço Estudo completo disponível no site do Observatório da Indústria do Ceará. 

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