As indústrias mais voltadas para as exportações estão crescendo mais do que as que se dedicam basicamente ao mercado interno, conforme dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o IBGE, enquanto as indústrias com "viés" exportador aumentaram a produção em 7,47% em relação a 2006, o aumento na produção das indústrias que atendem basicamente a demanda doméstica registraram expansão de 5,03%. Considerando a variação isolada de dezembro, em relação a dezembro de 2006, a diferença foi ainda mais acentuada, com aumentos de 9,12% e 5,16%, respectivamente.
Na classificação do IBGE, o principal produto de exportação é o gasóleo, que integra óleo diesel e óleo combustível exportados pela Petrobras, com peso de 5,663% na pauta de exportação. Outros produtos da área de petróleo muito exportados são a gasolina automotiva (peso de 2,823%), nafta petroquímica (NULL,051%), além do óleo bruto (NULL,087%).
As exportações de automóveis têm peso relevante, com participação de 3,187%, seguidas de minério de ferro (NULL,761%), celulose (NULL,438%), açúcar cristal (NULL,321%), cimento portland (NULL,251%) e carnes de aves (NULL,155%).
Os dados do IBGE mostram que essa tendência tem sido uma constante nos últimos cinco anos, apesar da reclamação do setor industrial quanto à evolução da taxa de câmbio no período. Em 2003, por exemplo, as indústrias voltadas basicamente para o mercado interno registraram queda de 1,24% na produção, enquanto as mais voltadas para o exterior contabilizaram avanço de 3,23%. Em 2004, as exportadoras cresceram 9,93%, superando os 7,30% das "domésticas". O mesmo movimento foi observado em 2005 (NULL,85% para as empresas voltadas ao mercado interno e 3,07% para as exportadoras) e 2006 (NULL,96% e 2,63%, respectivamente).