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Indústria planeja aumentar contratações, informa CNI

Por Agência CNI - Publicado 03 de maio de 2007

Os empresários brasileiros estão otimistas com o desempenho da economia. Apostando na elevação do co

Os empresários brasileiros estão otimistas com o desempenho da economia. Apostando na elevação do consumo, pequenas, médias e grandes empresas planejam aumentar o número de empregados e as compras de matérias-primas nos próximos seis meses. As informações são da Sondagem Industrial do primeiro trimestre, divulgada no dia 2 de maio, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Conforme a pesquisa, o indicador de expectativas em relação ao número de empregados alcançou 52,4 pontos. Isso revela a disposição dos empresários de ampliarem a oferta de vagas nos próximos seis meses. "Os empresários não revelavam expectativas de aumento do número de empregados desde janeiro de 2005", afirma o estudo. Os indicadores da pesquisa variam de zero a cem pontos, escala em que valores acima de 50 revelam expectativas positivas.

A disposição de aumentar as contratações está presente em todas as empresas. Nas de pequeno porte, responsáveis pela maioria dos empregados na indústria, o indicador do número de empregados passou de 49,1 pontos em abril de 2006 para 51,9 pontos em abril deste ano. No mesmo período, o indicador nas médias indústrias subiu de 49,3 para 53 pontos e, nas grandes, aumentou de 50,9 para 52,3 pontos.

De acordo com a pesquisa, o indicador de compras de matérias-primas atingiu 58,7 pontos em abril deste ano, ante os 54,3 pontos registrados no mesmo mês de 2006. Apenas dois setores – madeira e calçados – não pretendem aumentar as compras de matérias-primas.

O estudo da CNI mostra que o otimismo dos empresários se baseia na expansão do consumo interno. O indicador de expectativa de demanda para os próximos seis meses, uma das novas variáveis da pesquisa, alcançou 60,6 pontos. Mas o indicador de expectativas sobre a evolução das exportações ficou em 48,9 pontos, quase igual aos 48,5 pontos registrados em abril de 2006. Isso indica que os empresários apostam na manutenção das vendas externas e confiam na expansão do consumo doméstico.

PRODUÇÃO - A Sondagem Industrial, que foi aperfeiçoada com a revisão das variáveis e a inclusão de resultados para empresas de pequeno, médio e grande porte, confirma a recuperação da produção industrial no início de 2007. "Os indicadores de evolução da produção e do emprego situaram-se em patamares mais altos neste primeiro trimestre do que nos primeiros trimestres de 2005 e 2006", diz o estudo.

O indicador de evolução da produção alcançou 51 pontos nos primeiros três anos de 2007 ante os 46,7 pontos do mesmo período de 2006. Mas o crescimento da produção ainda não se espalhou por todas as empresas. Nas grandes indústrias, o índice alcançou 54,5 pontos, o que revela a consolidação do processo de recuperação da atividade nas indústrias de maior porte. Nas indústrias de médio porte, o indicador ficou em 51 pontos, o que ajudou a compensar a queda atividade nas pequenas empresas, em que o índice ficou em 46,2 pontos.

O indicador de emprego subiu de 48,5 pontos no primeiro trimestre de 2006 para 51,1 pontos em 2007. A exemplo do que ocorreu com a atividade, as pequenas empresas registram queda na ocupação, com o indicador de emprego em 47,8 pontos. Nas grandes empresas, as contratações aumentaram – o indicador ficou em 53,6 pontos. Nas médias indústrias, o emprego ficou estável, com o indicador em 50,9 pontos.

A Sondagem Industrial do primeiro trimestre de 2007 foi feita entre os dias 30 de março e 20 abril como 818 pequenas, 438 médias de 235 grandes empresas. A pesquisa foi aperfeiçoada, com a redefinição de indicadores e a inclusão das variáveis sobre expectativa de demanda e de condições de acesso ao crédito.

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