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Industriais apostam na manutenção das exportações

Por Portal da Indústria - Publicado 17 de maio de 2007

A indústria brasileira prevê que as exportações se manterão no mesmo nível pelo menos ao longo dos p

www.fiepr.org.br
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Brasília – A indústria brasileira prevê que as exportações se manterão no mesmo nível pelo menos ao longo dos próximos seis meses, devido à valorização do real frente ao dólar. É o que mostra a pesquisa Sondagem Industrial, divulgada nesta quarta-feira, 2 de maio, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador sobre as expectativas para as vendas externas, que no quarto trimestre de 2006 era de 51 pontos, caiu para 48,9 pontos no primeiro trimestre deste ano. Pela metodologia da pesquisa, valores acima de 50 indicam otimismo.

Esse indicador foi influenciado pelas empresas de grande porte, que são as que mais exportam. Para essas indústrias, a taxa de câmbio é o segundo maior obstáculo aos negócios, atrás apenas da elevada carga tributária. Segundo o gerente-executivo da Unidade de Política Econômica da CNI, Renato da Fonseca, as exportadoras vêm sentindo há tempos a perda de competitividade no exterior devido ao dólar baixo. "Hoje toda a expectativa de demanda é no mercado doméstico", avaliou.

A Sondagem Industrial, feita com 235 empresas de grande porte, 438 médias e 818 pequenas, mostrou que as empresas acreditam em crescimento da demanda nos próximos seis meses. Esse indicador foi de 60,6 pontos no atual levantamento. Quando combinado com a queda de expectativa em relação as vendas para o exterior, ficou claro que a previsão de crescimento da demanda vem do mercado interno, explicou Fonseca.
Os setores que mais sustentaram a expectativa de demanda em alta nos próximos seis meses foram o de veículos automotores, de metalurgia básica, farmacêutico, refino de petróleo e limpeza e perfumaria. A expectativa sobre a demanda das empresas do setor de veículos automotores foi de 67,9 pontos no primeiro trimestre, bem acima da linha divisória de 50 pontos. No setor de metalurgia básica, o indicador ficou em 64,5 pontos, no farmacêutico foi de 64,3 pontos e no de refino de petróleo, de 63,4 pontos.
Na outra ponta da tabela, as empresas de calçados e de madeira responderam que não acreditam em alteração da demanda, ou seja, as vendas continuarão em baixa nos próximos seis meses. Junto com os setores de couros, borracha e plástico, os de calçados e de madeira são os que têm as piores expectativas para os próximos seis meses em todas as variáveis pesquisadas (demanda, compras, emprego, exportação, produção, emprego, nível da capacidade instalada, estoques, lucro operacional, situação financeira e acesso ao crédito) e também as piores avaliações da situação no primeiro trimestre.

 

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