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Lula fala a empresários no Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2007

Por Agência CNI (Valter Barbosa) - Publicado 20 de novembro de 2007

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a presença de 1,5 mil empresários brasileiros e al

 



Lula
Lula: reforma tributária possível
Blumenau - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a presença de 1,5 mil empresários brasileiros e alemães no Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2007, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a congênere alemã, a Bundesvarband der Deutchen Industries (BDI), em Blumenau para fazer três anúncios: que enviará até o dia 30 deste mês o projeto de reforma tributária ao Congresso Nacional, que lançará amanhã um programa de investimento em ciência e tecnologia e que, em 15 dias, aprovará a nova política industrial do governo.
 
Em discurso durante o evento, Lula avaliou que a carga tributária, se a reforma for aprovada pelos parlamentares, poderá até não ser a ideal, mas será “a factível e possível” de se obter na negociação com governadores e empresários. “Se não for a melhor, uma que seja factível, que possibilite o crescimento do Brasil, que possa construir maioria no Congresso, que permita uma inserção do Brasil no mercado mundial”, afirmou Lula. Para ele, é preciso ter uma política tributária que leve em consideração as necessidades dos governadores, prefeitos, do governo federal e de suporte da sociedade brasileira.

Ciência e tecnologia

O presidente da República antecipou que anunciará amanhã, 20 de novembro, em Brasília, o Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Regional, com investimentos totais de cerca de US$ 28 bilhões, ou R$ 41 bilhões, até 2010. De acordo com o presidente, o plano é o resultado de discussões entre governo, empresários e a comunidade científica e “não um projeto de apenas um ministério”. “Queremos apresentar um programa não para o meu governo, mas para o país”, enfatizou o presidente.

De acordo com informações do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), o dinheiro virá de diversas fontes de recursos. O MCT e o Fundo Nacional do Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), sob a administração do ministério, vão destinar ao programa cerca de R$ 18,6 bilhões (% do total previsto). Os outros R$ 22,6 bilhões (%) serão investidos pelos ministérios de Minas e Energia, da Saúde, da Educação e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outros fundos de financiamentos.
Sobre a política industrial, o presidente Lula informou que ela será anunciada em 15 dias e comentou apenas que ela terá “forte inovação tecnológica”.

OMC

Lula comentou também, no discurso de abertura do Encontro Econômico Brasil-Alemanha 2007, sobre as negociações de liberalização do comércio internacional no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). O presidente salientou que a redução de tarifas de importação para produtos de países desenvolvidos não pode impedir o crescimento dos parques industriais dos países pobres. Lula fez críticas aos Estados Unidos, que segundo ele pretendem garantir subsídios de cerca de US$ 16 bilhões nos próximos dois anos, e à União Européia, que exige flexibilização dos países em desenvolvimento sobre produtos industrializados mas não se dispõem a flexibilizar seu mercado agrícola.

Lula disse ainda que o Brasil pretende ser um “patrocinador” do acordo de livre comércio entre a União Européia e os países do Mercosul. Ele disse que não interessa ao Brasil crescer cercado por países miseráveis. “É por isso que a União Européia injetou dinheiro em países como Grécia ,Portugal e Espanha, que não seriam o que são hoje sem essa ajuda”, afirmou.

Da Paraíba estão participando do Encontro Econômico   Brasil-Alemanha, o presidente da FIEP, Francisco Buega Gadelha e o Conselheiro representante da FIEP, junto à CNI, empresário Roberto Cavalcante.

Foto/Crédito: Ricardo Stuckert

 

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