
Reforçando uma exitosa parceria de décadas, o Instituto Alpargatas, que há cerca de 15 dias homenageou o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (FIEPB), Cassiano Pereira, com uma comenda que reconhece as iniciativas conjuntas e os resultados alcançados pelas duas instituições, iniciou, junto com o SENAI Paraíba, uma importante ação com foco em sustentabilidade ambiental. Trata-se do Muro Papão, um espaço destinado à coleta seletiva de materiais recicláveis, incluindo resíduos tecnológicos, que passou a funcionar em Campina Grande nesta sexta-feira, 21 de fevereiro.
Com a implantação desse muro temático, a unidade do SENAI Paraíba localizada no bairro da Prata se tornou a primeira escola de educação profissional do estado a coletar o chamado ‘lixo eletrônico’, com foco em ações de reciclagem. De acordo com o gerente da unidade, Caio Morais, o ‘Muro Papão’ conta com quatro espaços, que vão coletar não só os resíduos eletrônicos, como também plástico, metal e alumínio, incentivando nos alunos e colaboradores o hábito da coleta seletiva.
Além disso, o muro também reforça o compromisso do SENAI com a comunidade, uma vez que ele também poderá ser utilizado pela população para o descarte adequado dos resíduos. “O muro é destinado a coletar resíduos recicláveis em geral, para que tenhamos um foco sustentável, mas tem também esse diferencial de coletar os resíduos eletrônicos, que se conectam com dois importantes pilares do SENAI: a inovação e a tecnologia. Dessa forma, além do trabalho educacional, estamos contribuindo também para que haja uma destinação correta desses resíduos”, explicou o gerente.
Por sua vez, o diretor do Instituto Alpargatas, Berivaldo Araújo, explicou que o projeto do ‘Muro Papão’ já foi implantado em 10 escolas municipais que oferecem o Ensino Fundamental em Campina Grande, sendo o SENAI a primeira unidade da cidade a receber, também, os resíduos eletrônicos.
“Pioneiramente, o SENAI da Prata abraça esse projeto que vai trabalhar a coleta seletiva com os alunos, os pais e a comunidade. Além disso, especificamente aqui no SENAI, estamos incluindo o lixo eletrônico, que não é coletado nas escolas municipais. Dessa forma, estamos fazendo com que a educação ambiental seja algo que o aluno não só escute dentro da sala de aula, mas que ele comece a criar também uma consciência prática de qual mundo ele quer deixar para o futuro”, pontuou Berivaldo Araújo.
Aprendizagem na prática
Quando o conhecimento ultrapassa a porta da sala de aula e adquire uma aplicação prática no dia a dia, o processo de aprendizado se torna mais dinâmico e efetivo. Um exemplo disso é a estudante do SENAI Prata, Fernanda Lima, que fez questão de contribuir com a proposta do Muro Papão.
“Eu acho maravilhoso trazer esse tipo de iniciativa para os alunos, porque estamos aqui a maior parte do dia e muitas vezes não sabemos como descartar os nossos resíduos. Um exemplo é que eu trouxe pilhas, pois não sabia onde era o descarte adequado, e agora será mais fácil, porque a gente pode fazer esse descarte correto e confiável. Com certeza, é um aprendizado que a gente pode repassar e, por ser do lado externo do muro, as pessoas podem ficar sensibilizadas e trazer também”, comentou a estudante.
Pratique a sustentabilidade!
Qualquer pessoa pode contribuir com a coleta seletiva e utilizar o ‘Muro Papão’, na Rua Nilo Peçanha, para fazer o descarte correto de plástico, papel, alumínio e resíduos tecnológicos, entre eles pilhas, celulares e peças de computador. Sinalizado com uma pintura artística, o muro conta com um espaço para cada tipo de resíduo em sua parte externa, com fácil acesso e identificação pelo público.
Os materiais coletados serão recolhidos pela Secretaria de Serviços Urbanos e Meio Ambiente de Campina Grande (Sesuma), que será responsável pela destinação dos resíduos para a reciclagem.
“É importante que esses resíduos retornem ao ciclo produtivo, pois quando destinados de forma correta eles servirão como matéria-prima alternativa para novos produtos. Assim, nós preservamos os nossos recursos naturais e ajudamos o meio ambiente”, enfatizou a coordenadora do Recicla Campina na Sesuma, Rafaela Oliveira.
Texto/ Colaboração| Déborah Souza