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Pandemia transformou o estágio e formato híbrido pode ser permanente, aponta IEL

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 11 de novembro de 2021

Pesquisa mostra que empresas e instituições de ensino superior veem possibilidade de manter estágios a distância. Processos digitais aceleram contratação, mas há desafios para inserção na cultura corporativa


Pesquisa mostra que empresas e instituições de ensino superior veem possibilidade de manter estágios a distância. Processos digitais aceleram contratação, mas há desafios para inserção na cultura corporativa

A pandemia trouxe grandes desafios para a gestão de equipes e começa a transformar uma atividade que vinha sendo exercida essencialmente de forma presencial: o estágio. Desde o ano passado, se tornou comum realizar entrevistas de contratação de forma virtual e tarefas passaram a ser feitas a distância, sem a necessidade do deslocamento do estagiário até a empresa. Para entender mais sobre o impacto dessas mudanças no processo de contratação e na gestão dos jovens talentos, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL) ouviu empresas de todos os portes e instituições de ensino.

O levantamento – feito por meio de 212 entrevistas com profissionais envolvidos no processo de contratação das empresas e gestores das atividades de estágio das universidades – traça um retrato qualitativo das principais mudanças nos estágios nos últimos anos e as expectativas para o futuro pós-pandemia.

De acordo com a pesquisa, a pandemia de Covid-19 acelerou a digitalização de processos e a utilização de ferramentas para o trabalho remoto, por isso as empresas e as universidades apontaram mais pontos positivos do que negativos. Por exemplo, em todas as áreas, a perda do senso de coletividade e convívio pessoal nas empresas foi citado como maior problema.

Entretanto, os benefícios apontados são a otimização do processo de seleção e contratação, que economiza tempo, recursos e custos; e o fim das barreiras geográficas, que possibilita que jovens de outros estados exerçam atividades a distância durante a pandemia.

Com base nisso, a maioria das empresas estuda manter um sistema híbrido, depois que o trabalho a distância para estagiários deixar de ser uma solução criada para a pandemia de Covid-19, com exceção das funções ligadas à produção, chão de fábrica ou pesquisas em laboratórios.


“A Medida Provisória 927, que permitiu o trabalho a distância para estagiários e aprendizes para esse contexto de distanciamento social, mostrou para as empresas que o home office é uma forma viável de trabalho para os jovens profissionais. Os espaços já estão sendo repensados para receber os colaboradores, portanto, os estagiários, tendo acompanhamento de suas atividades, mesmo que remoto, poderão sim aprender e executar suas tarefas”, aponta o superintendente nacional do IEL, Eduardo Vaz.


“O uso das ferramentas de videoconferência veio para suprir dinâmicas tradicionalmente feitas de forma presencial. Acreditamos que, em breve, mudanças na lei do estágio trarão o teletrabalho como possibilidade permanente”, complementa Vaz.

Empresas buscam estagiários com atributos além do conhecimento universitário

Outro ponto abordado na pesquisa é o que as empresas buscam nos estagiários. As instituições de ensino superior ouvidas afirmaram que as experiências exigidas pelas contratantes não são proporcionais ao conhecimento que os estudantes adquirem no ensino superior. Um atributo valorizado são as chamadas soft skills e cursos complementares, como de idiomas, no currículo. Apesar disso, também afirmam que não existe dificuldade para os alunos conseguirem vagas e a maioria das carreiras profissionais têm alta demanda.

“As soft skills são, de fato, diferenciais na hora da contratação e da manutenção dos empregos. Já se tornaram uma realidade no mercado de trabalho. Por isso, as universidades também precisam começar a incentivar que os jovens busquem por cursos que complementem a formação e/ou ainda comecem a pensar em acrescentar aulas que abordem o desenvolvimento de habilidades comportamentais às grades curriculares”, explica Vaz.

IEL oferece websérie para empresas capacitarem estagiários

Para que as empresas saibam preparar os estagiários a distância, o IEL lançou a websérie Foco na Carreira. Inspirado nas plataformas de streaming, o IEL oferece esse novo serviço com o objetivo de que os jovens aprendam sobre o mercado de trabalho enquanto assistem a uma série divertida e leve sobre estágio.

O conteúdo está disponível na plataforma de Educação Executiva e, além de vídeos, conta com áudios e atividades interativas para manter o estagiário atento ao conteúdo. Postura profissional, diversidade de gerações, trabalho em equipe e transformação digital são alguns dos temas abordados durante os episódios.

“Oferecemos a expertise dos programas de educação empresarial para que jovens talentos atuem nas organizações e desempenhem importantes habilidades. A ideia é aproveitar a tendência das maratonas de seriados e trazer a mesma experiência para o processo de desenvolvimento de pessoas, de forma on-line”, destaca o superintendente do IEL.

Para acessar a websérie, as empresas podem assinar dois tipos de planos: o semestral por indivíduo, que oferece a possibilidade de acesso mobile, certificado do IEL de 18 horas de curso e relatórios de desempenho mensais; e o licenciamento anual, sem limite de colaboradores por CNPJ com modelo de oferta definido pela própria empresa em seus canais de treinamento.

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