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Parceria da CNI com Banco de Desenvolvimento da América Latina busca fortalecer indústria e ampliar mercados na região

Por Agência CNI de Notícias - Publicado 29 de agosto de 2025

Memorando de Entendimento, assinado em evento preparatório para o Fórum Econômico Internacional América Latina e Caribe, contou com a presença do presidente do Panamá


Uma parceria estratégica entre a Confederação Nacional  da Indústria (CNI) e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) vai viabilizar projetos conjuntos com foco na integração regional entre os países da América Latina e Caribe. O acordo foi firmado nesta quinta-feira (28), em Brasília, durante o evento Construindo Pontes para o Fórum Econômico Internacional América Latina e Caribe: Diálogo Brasil-Panamá.  

Em visita ao Brasil, o presidente da República do Panamá, José Raúl Mulino, participou do encontro. O chefe de Estado destacou o país como a principal ponte entre o Brasil e as Américas, fortalecendo sua posição estratégica no comércio global.  


“A parceria entre Brasil e Panamá foi fortalecida com a nossa recente adesão ao Mercosul e se intensifica cada vez mais, abrindo novas oportunidades para a expansão de produtos e inovações. A nossa relação é um exemplo do que pode ser alcançado quando duas nações trabalham juntas com um objetivo comum. Superando os nossos desafios, aproveitando as nossas vantagens e promovendo a integração, podemos construir uma América Latina mais forte, próspera e equitativa”, disse o presidente da República do Panamá. 


Para o diretor da CNI e presidente do Conselho Temático de Assuntos Legislativos da confederação, Paulo Afonso Ferreira, a parceria é estratégica diante do atual cenário internacional e da necessidade de ampliar a inserção do Brasil no comércio global. Segundo ele, as iniciativas vão contribuir para abrir novos mercados, ampliar as exportações brasileiras, atrair investimentos e fortalecer a integração regional, elementos essenciais para garantir competitividade diante das barreiras comerciais impostas por grandes economias. 

O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, participou de encontro na CNI que marcou o início da construção da agenda do Fórum Econômico Internacional América Latina e Caribe 2026

Cooperação abrange temas estratégicos, como descarbonização, infraestrutura logística e energética 

O acordo firmado entre CNI e CAF quer ampliar a cooperação em áreas estratégicas para o desenvolvimento econômico e social entre as regiões da América Latina e do Caribe. O objetivo é estabelecer um marco de colaboração que fortaleça o comércio, a sustentabilidade e a internacionalização da indústria brasileira, promovendo iniciativas conjuntas que contribuam para maior competitividade e integração regional. 

Por meio da parceria, estão previstas ações em frentes como modernização produtiva e adoção de tecnologias da Indústria 4.0, promoção da descarbonização e de cadeias sustentáveis, ampliação da presença de empresas brasileiras em cadeias globais e regionais, além de investimentos em infraestrutura logística e energética. Também estão incluídas iniciativas para formação de capital humano em tecnologias verdes e digitais, mecanismos financeiros inovadores para viabilizar projetos de impacto e a promoção da liderança feminina no setor industrial. 

A cooperação se dará por meio de diferentes modalidades, como o intercâmbio de informações estratégicas, a execução conjunta de projetos técnicos, a realização de missões empresariais e eventos, a criação de instrumentos financeiros e programas de capacitação. A parceria ainda prevê esforços conjuntos para posicionar a indústria brasileira em agendas multilaterais, reforçando seu papel como referência em competitividade, sustentabilidade e inovação. 

O diretor da CNI, Paulo Afonso Ferreira, ressaltou que a parceria com o CAF é estratégica para ampliar mercados, atrair investimentos e fortalecer a integração regional

Relação comercial entre Brasil e Panamá é promissora 

Sobre a relação comercial com o Panamá, Paulo Afonso destacou que a corrente de comércio entre os dois países totalizou US$ 6,5 bilhões na última década. “Em 2024, as exportações brasileiras para o Panamá atingiram US$ 905 milhões, um aumento de 197% em relação a 2015. O Panamá, com a maior renda per capita da América Central, é considerado um mercado promissor para mais de 600 produtos brasileiros”, disse.  

Segundo o diretor, o estoque de investimentos brasileiros no Panamá chegou a US$ 9,6 bilhões em 2023, valor dez vezes maior do que os US$ 949 milhões investidos pelos panamenhos no Brasil, com destaque para setores como serviços financeiros, logística, saúde, infraestrutura e tecnologia. Esses dados indicam um grande potencial para aumentar os investimentos e as trocas comerciais bilaterais. De acordo com 74% das empresas consultadas pela CNI, a negociação de um acordo de livre comércio é vista como essencial para aprofundar a integração econômica entre os dois países.  

Durante o Diálogo Brasil-Panamá, o presidente executivo do CAF, Sergio Díaz-Granados, salientou que o fortalecimento da integração regional é essencial para ampliar projetos, investimentos e a voz da América Latina no cenário global.  “O Brasil e o Panamá ocupam papel estratégico na construção de uma agenda de complementariedade produtiva, inovação tecnológica e infraestrutura, além de compartilharem o compromisso com o multilateralismo e a abertura de novos acordos comerciais - pontos centrais para garantir competitividade à indústria brasileira”, falou ele. 

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