O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, afirmou ontem, 13 de agosto, que o crescimento da arrecadação tributária permite a redução da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Na avaliação de Monteiro Neto, o governo pode cortar a alíquota do tributo dos atuais 0,38% para 0,20% em 2008. Também deve estabelecer um cronograma para extinção da contribuição em um prazo de três anos.
"A CPMF é um tributo de má qualidade que penaliza a produção e a sociedade brasileira", criticou o presidente da CNI, durante reunião-almoço na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), em Porto Alegre.
No evento, que marcou os 70 anos da federação gaúcha, Monteiro Neto explicou que a CNI defende a redução gradual da CPMF porque o país precisa ter recursos para investir na ampliação e na modernização da infra-estrutura, sem comprometer o ajuste fiscal. Ele destacou que a sociedade precisa se mobilizar para garantir uma reforma tributária que desonere a produção, simplifique os procedimentos e abra caminho para o desenvolvimento sustentado.
"É hora de promovermos a simplificação do sistema tributário", disse Monteiro Neto. Segundo ele, isso pode ser alcançado por meio da unificação dos tributos de valor adicionado no Imposto sobre Valor Agregado, o IVA. O presidente da CNI afirmou que é preciso haver uma mobilização dos empresários e da sociedade em torno de uma reforma que reduza a carga tributária e resolva a questão da compensação dos créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para exportadores prevista na Lei Kandir.
O presidente da FIERGS, Paulo Tigre, também defendeu a reforma tributária. "Estamos num momento de uma importante definição: ou teremos um sistema tributário a favor do desenvolvimento, ou ficaremos sustentando custos de produção interna muito acima dos nossos concorrentes internacionais", disse Paulo Tigre.
Em seu discurso, Paulo Tigre lembrou a trajetória de 70 anos da federação gaúcha, destacou a atuação dos dirigentes da instituição e homenageou os empresários que ajudaram a construir a indústria do estado. Disse ainda que a FIERGS continuará trabalhando pelo desenvolvimento do Rio Grande do Sul e do país. "Continuaremos pautando o trabalho da entidade em três palavras: liderança, representatividade e desenvolvimento", concluiu.
Na reunião-almoço, o presidente da CNI homenageou os empresários gaúchos José Portella Nunes, fundador da Construtora Sultepa S/A, e Guido Mário D`Arrigo, diretor da Intral S/A Indústria de Materiais Elétricos, com a Ordem do Mérito Industrial. Os dois empreendedores que já morreram se destacaram na construção da indústria nacional. Ao entregar a maior comenda da indústria aos filhos dos dois empresários, Monteiro Neto disse que os homenageados tinham visão de futuro e espírito empreendedor, qualidades decisivas para as atividades empresariais, sindicais e sociais.
O encontro contou com a presença da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, o prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, do presidente do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (SESI), Jair Meneguelli, parlamentares, empresários e líderes de sindicatos empresariais, além de ex-presidentes e dirigentes da federação gaúcha.
Presidente da CNI defende redução da CPMF
Por Portal da Indústria - Publicado 14 de agosto de 2007
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, afirmou ontem, 13 dOutras Notícias