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Presidente da FIEP afirma que a Legislação Trabalhista Brasileira é a mais completa do mundo

Por Diego Araújo - Campina Grande/PB - Publicado 22 de junho de 2007

O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba - FIEP, Francisco Buega Gadelha, parti

O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba - FIEP, Francisco Buega Gadelha, participou da 96ª Conferência Internacional do Trabalho, realizada no último mês de maio, em Genebra na Suíça. Este ano ele participou como membro da Comissão de Promoção de Empresas Sustentáveis.

O tema do debate central, deste ano, foi "Os Novos Instrumentos Legislativos da OIT sobre o Trabalho na Indústria Pesqueira", que apresentou o propósito de avançar rumo à adoção de um convênio. Durante a conferência foi apresentado o relatório "Trabalho Digno para um Desenvolvimento Sustentável" e aconteceu a votação do orçamento da OIT para os próximos dois anos, que deve aumentar para US$ 635 milhões.

Entre os questionamentos apontados no evento esteve a responsabilidade social e o conceito de empresa sustentável, sendo aquela em que se mantém ou é sustentada no lado econômico, social e ambiental. Participaram do evento, membros governamentais, representantes de empregadores e empregados de 178 países.

Buega Gadelha, afirma que ainda existe uma divergência entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento quanto à questão da responsabilidade social. "Os países desenvolvidos não querem que as empresas sejam obrigadas a cumprir a responsabilidade social, eles querem que as empresas obedeçam às leis e busquem os lucros, porque ai faz o papel dos acionistas, não podem prejudicar os acionistas em função de responsabilidade social, já os países em desenvolvimento pensam de forma contrária, os trabalhadores também estão acompanhando as idéias dos empresários, há uma conjugação de sentimentos entre os trabalhadores e os empregadores na questão de responsabilidade social", afirmou.

O presidente da FIEP disse que no Brasil, a responsabilidade social é obrigatória, porque as empresas contribuem para o Sistema S, quer seja da Indústria, do comercio, do transporte ou da agricultura, e assim cumprem com a sua responsabilidade social, então há realmente uma diferença bem nítida. "Esse Sistema S é uma coisa de primeiro mundo, porque as ações do SESI e SENAI por exemplo são todas voltadas para a responsabilidade social, quando agente está com um trabalhador preparando tecnicamente, está dando educação esportiva, quando o SESI faz um Programa Brasil Alfabetizado alfabetizando 40 mil pessoas por ano, está cumprindo com a sua responsabilidade social, está educando, quando agente instala o SESI Indústria do Conhecimento, como estamos instalando aqui em Campina Grande, João Pessoa, Sousa, vamos instalar depois em Bayeux, Santa Rita, Guarabira, Patos e Cajazeiras, nós estamos cumprindo com a responsabilidade social", frisou Buega.

Durante a Conferência os participantes chegaram a um consenso quanto à questão da formalização das empresas brasileiras, e identificaram que é necessário buscar a formalização das empresas, para por fim a informalidade no mundo, para que as empresas gerem emprego decente, e que aja um diálogo social sempre entre governo, empregadores e empregados.

Diante das questões levantadas na 96º Conferência Internacional do Trabalho, Buega chegou a uma conclusão, a Legislação Trabalhista Brasileira é a mais completa do mundo. "O Brasil não tem nenhum problema relacionado a cobertura trabalhista , aqui se alguém trabalha numa empresa informal tem todos os direitos trabalhistas para reclamar, e a gente sabe como são as reclamações trabalhistas aqui, a nossa legislação é a mais abrangente que eu conheço no mundo, nestes seis anos que estou na OIT, e eu digo que nada se compara a legislação trabalhista brasileira que é a mais abrangente de todas, sem comparação", destacou.

Colaboração: Sueli de Sá

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