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Presidente da FIEP afirma que PAC causará revolução na Economia do Estado

Por Correio da Paraíba - Publicado 09 de julho de 2007

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem à Paraíba no próximo mês de agosto para assinar conv

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem à Paraíba no próximo mês de agosto para assinar convênios e contratos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), como já fez nos Estados do Ceará, Minas Gerais e Goiás.

Apesar dos seminários, encontros históricos de adversários políticos, protestos e anúncio de dezenas de emendas por parte dos parlamentares federais, a Paraíba deverá ser contemplada diretamente, pelo menos até agora, com apenas algo em torno de 0,07% do volume total dos investimentos previstos. Ou seja, dos R$ 504 bilhões de recursos federais destinados ao plano de crescimento nacional, a Paraíba, numa primeira etapa, deverá ficar com aproximadamente apenas R$ 390 milhões. Era bem menos – R$ 219 milhões -, mas os grandes municípios do Estado ganharam mais R$ 170 milhões para obras de saneamento do bolo destinado a obras sociais.

O volume de recursos destinados pelo PAC para o Nordeste é de R$ 82 bilhões. Se a Paraíba terá investimentos diretos de apenas R$ 390 milhões, significa que os outros Estados da região e obras que contemplam mais de uma unidade regional abocanharão um volume extraordinariamente maior de verbas.

Diretamente, a Paraíba será contemplada pelo PAC com R$ 35 milhões para obras de irrigação nas Várzeas de Sousa; R$ 50 milhões para a conclusão das obras de duplicação da BR-230, R4 50 milhões para a adutora de Acauã; R$ 18 milhões para adutora do Congo, R$ 15 milhões para ampliação do aeroporto Castro Pinto, R$ 36 milhões para projetos de abastecimento e R$ 32 milhões para obras de esgotamento sanitário, entre outras.

As grandes cidades da Paraíba – João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita, Bayeux e Cabedelo – também serão contempladas diretamente com recursos do PAC. Os recursos não estavam previstos no plano inicial, mas projetos técnicos foram incluídos nas rubricas gerais de saneamento e investimentos sociais.

Já estão aprovados projetos no valor de R$ 82 milhões para obras de revitalização da bacia do Rio Jaguaribe em João Pessoa; R$ 48,225 milhões para obra de urbanização de favelas em Campina Grande; R$ 6,3 milhões para saneamento em Santa Rita e R$ 3 milhões para Bayeux. São projetos apresentados pelos municípios.
O governo do Estado conseguiu, até agora, incluir projetos da ordem de R$ 30 milhões para obras de saneamento em João Pessoa, Campina Grande, Santa Rita e Cabedelo, sendo que o maior volume – cerca de R$ 17 milhões – será destinado a obras de saneamento em Cabedelo.

Mesmo assim, o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba (Fiep), empresário Buega Gadelha, prevê uma "revolução" na Paraíba. "O PAC vai mudar a face econômica da Paraíba", festeja Buega. Aliás, o presidente da Fiep avalia que o PAC, antes mesmo do início de sua execução oficial, já está produzindo efeitos positivos no Estado. Segundo ele, a massa salarial da indústria no Estado já experimentou uma elevação de 22% depois do anúncio do PAC pelo presidente Lula. Seria fruto da perspectiva concreto de investimentos no Estado. Segundo Buega Gadelha, desde que foram iniciadas as discussões sobre o PAC, a indústria paraibana já gerou 2.632 novos empregos diretos.

Buega Gadelha é tão otimista que avalia que só os investimentos em obras de recursos hídricos vão gerar 21 mil empregos diretos. As vagas de trabalho serão geradas nos projetos de irrigação nas Várzeas de Sousa e outros projetos de irrigação.

O presidente da Fiep acredita ainda que, além dos efeitos indiretos, o PAC vai injetar mais recursos no Estado. "Pode haver acréscimos. O PAC é um plano geral. Não foi detalhado em alguns setores. Certamente serão destinados recursos para habitação, abastecimento e programas sociais", afirma.

Texto: Josival Pereira

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