Na manhã desta quarta-feira, 18, o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba – FIEP, Buega Gadelha, recebeu em seu gabinete na sede da federação em Campina Grande, Ricardo Drago, diretor presidente da AGESBEC – Logística e Armazém Alfandegado de São Bernardo do Campo (SP), e Jefferson Satyro Filho, diretor executivo da AGESBEC e vice-presidente da Associação Brasileira dos Centros Logísticos Industriais Aduaneiros (ABCLIA). A vinda do grupo ao estado, contou com a articulação do Coordenador da Câmara de Comércio Exterior da Paraíba, Marcelo Abrantes.
Os empresários e representantes do grupo AGESBEC vieram à Paraíba para apresentar e discutir sobre a possibilidade de investimentos no estado no que se refere ao Equipamento do Porto Seco. De acordo com o presidente da FIEP, vários Estados brasileiros já estão dotados dessa estrutura e uma vez instalado na Paraíba, a iniciativa promoverá o crescimento econômico, além de aumentar a competitividade industrial.
“É importante retomarmos as discussões em torno do Porto Seco. Esse é um pleito muito antigo da classe empresarial que precisa avançar e de fato vir a acontecer”, comentou Buega Gadelha. “A concretização dessa iniciativa irá favorecer muitas empresas e, sem dúvida, irá alavancar a nossa economia. Com a construção de um porto seco, nós estaremos atraindo novas empresas para o estado e, especialmente, para a região de Campina Grande porque, hoje, muitos empresários querem se instalar por aqui, mas possuem dificuldades de encontrar um local, onde possam construir sua planta industrial, então diante dessa realidade vamos seguir lutando por mais essas duas conquistas”, ressaltou Gadelha.
“O Porto Seco é um recinto alfandegário onde são realizadas movimentações de mercadorias e de bagagens que necessitam de um despacho aduaneiro. Então você despachar tudo, importar para esse local, você pode armazenar mercadoria por um ano, renovável por mais um ano, pode exportar a partir dali, os contêineres já saem prontos para atravessar fronteiras e ir para Argentina, Uruguai, ou são despachados já para entrar direto num navio, não precisa mais tramitação em outro porto, se for o caso de ir por navio, pode ir direto para um avião”, explicou o presidente.
Ainda segundo o presidente o Porto Seco normalmente funciona sob permissão, sob concessão do Governo Federal, nele existe um ambiente da Receita Federal que pode inclusive conceder incentivos ao porto para que ele funcione com mais facilidades e com maior desenvoltura.
Pleito Antigo - Há mais de dez anos, a FIEP se engajava no movimento em prol da construção do Porto Seco. A convite do presidente Buega Gadelha, e da Associação Comercial e Empresarial de Campina Grande (ACCG), na época o então Ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, esteve em Campina Grande para um encontro com a classe empresarial da região.
Naquele ano (2012), o presidente da FIEP, relatou ao Ministro sugestões de obras estruturantes, consideradas imprescindíveis ao desenvolvimento da região metropolitana de Campina Grande. Além das obras, o presidente Buega Gadelha, fez o pleito e solicitou a intervenção do Ministério das Cidades, junto aos órgãos do Governo Federal, em favor da construção do Porto Seco de Campina Grande, cujo projeto já estava em fase de análise pela Receita Federal do Brasil.