O presidente da Federação das Indústrias do Estado da Paraíba – FIEPB, Cassiano Pereira se posicionou em relação a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, que aumentou nesta quarta-feira, (06/11), a taxa básica de juros (Selic) em 0,5 ponto percentual, com isso, a taxa chegou a 11,25% ao ano, a maior alta dos juros básicos desde maio de 2022.
“O anúncio do aumento na taxa de juros em nosso país, acende um alerta vermelho às cadeias produtivas. No lugar de subir a taxa Selic, o foco deveria ser a retomada dos cortes na taxa de juros. Só assim o país conseguiria avançar na redução do custo financeiro suportado pelas empresas, que se acumula ao longo das cadeias produtivas, e pelos consumidores. Do contrário, continuarão penalizando não só a economia brasileira, mas, principalmente os brasileiros, com menos empregos e renda”, ressaltou o presidente da FIEPB, Cassiano Pereira.
Para a Confederação Nacional da Indústria – CNI, trata-se de mais uma decisão extremamente conservadora da autoridade monetária. Porque o nível em que a Selic se encontrava antes da reunião já era mais que suficiente para manter a inflação sob controle.
É importante observar que a inflação tem sido impactada por fatores sobre os quais a política monetária não tem efeito. Por isso, a elevação na Selic apenas irá trazer prejuízos desnecessários à atividade econômica, com reflexos negativos em termos de criação de emprego e renda para a população.
No cenário doméstico, o quadro segue sendo de controle da inflação. Afinal, ruídos passageiros não podem se sobrepor à tendência traçada pelos núcleos de inflação, indicadores que eliminam do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) os itens com preços mais voláteis. A média dos 5 principais núcleos de inflação no acumulado em 12 meses até setembro foi de 3,8%, enquanto essa média havia registrado 4,3% no acumulado em 12 meses até dezembro de 2023.
A CNI defende que, em vez de subir a Selic, o foco deve ser a retomada dos cortes na taxa de juros. Só assim o país conseguirá avançar na agenda de redução do custo financeiro suportado pelas empresas, que se acumula ao longo das cadeias produtivas, e pelos consumidores. Caso contrário, continuarão penalizando não só a economia brasileira, mas, principalmente os brasileiros, com menos empregos e renda.