O Estado da Paraíba produz anualmente mais de 12 milhões de litros de cachaça e é a maior exportador da bebida do tipo alambique (a bebida produzida de forma artesanal) do Brasil para os Estados Unidos. Apesar disso, estima-se que apenas 60 engenhos mantenham-se ativos com a produção da cachaça. Os dados integram os debates do Seminário do Agronegócio da Cachaça do Nordeste, que começa hoje no Centro de Convenções Raymundo Asfora, do Garden Hotel.
Os organizadores esperam reunir 300 produtores que participarão de palestras, debates, mesas-redondas e oficinas realizadas até o dia 2 de junho. A abertura será com a consultora do Sebrae Nacional Patrícia Mayana Maynart Viana, que falará sobre o “Mercado Brasileiro da Cachaça”.
Segundo o presidente da Associação Paraibana dos Engenhos de Cana-de-Açúcar (Aspeca), Antonio Chagas da Silva Sobrinho, as expectativas são boas para o seminário, uma vez que reúne especialistas e técnicos do Nordeste. Ele acredita que mais pessoas possam se aperfeiçoar e melhorar a qualidade da cachaça produzida no Estado, ampliando, assim, a inserção da empresa no mercado consumidor.
A primeira palestra de amanhã é do Instituto Brasileiro de Cachaça (Ibrac), ministrada pela presidente do órgão, Maria Cavalcanti, que falará sobre a contribuição do instituto no agronegócio da cachaça. No sábado as palestras abordam assuntos técnicos relacionados à atividade agroindustrial, a exemplo dos padrões de identidade e controles legais, variedades de cana-de-açúcar para a produção da cachaça e o processo de envelhecimento do produto. No domingo, dia 3, os produtores realizam visitas técnicas aos engenhos do Brejo, a exemplo do engenho da cachaça da Volúpia.
O seminário é realizado pelo Sebrae Paraíba, Aspeca, Ministério da Agricultura, governo do Estado e Banco do Nordeste.
Produção de Cachaça chega a 12 mi de litros
Por Maria Zita Almeida - Jornal da Paraíba - Publicado 31 de maio de 2007
Os organizadores esperam reunir 300 produtores que participarão de palestras, debates, mesas-redondaOutras Notícias